Em
finais do ano passado dizia-nos o Presidente Alexandrino que ira fazer,
para o ano de 2012, um orçamento “com forte matriz social”. Na altura
confesso que não o cheguei a entender muito bem, atendendo a que uma das
pedras de toque era a intenção de efectuar alguns cortes na área
financeira para a qual iria necessitar, "obviamente", de uma equipa (ou
alguém, digo eu) na área financeira que efectuasse estudos para ver onde
se poderia cortar. Passados uns dias e com a cooptação do Vereador
Paulo Rocha para o executivo camarário percebi-o, finalmente.
Mas, voltemos ao orçamento “com forte matriz social” para
relembrar que, na altura, o Sr. Presidente tranquilizava os oliveirenses
com a garantia de que a Câmara estaria preparada para dar as tais
respostas sociais às pessoas, “... nem que deixe 20 coisas por fazer do
meu programa eleitoral..”, adiantava o Sr. Presidente.
Sem querer colocar em causa as afirmações do Sr. Presidente,
tenho a certeza que as dificuldades económicas que assolam as famílias
dos Oliveirenses (não só aquelas em que algum - ou ambos - dos membros
do casal se encontra desempregado mas também a de outros munícipes que
viram substancialmente reduzidas as suas remunerações, com cortes em
ordenados, subsídios de férias, de natal, etc.) não serão resolvidas apenas
com a ajuda do orçamento camarário. Nem tal seria desejável.
Mas poderia ser dada uma excelente ajuda se o Município
tivesse a ousadia e a coragem de fazer o mesmo que outras 51 autarquias deste pais
fizeram - devolver entre 0% e 5% da colecta de IRS a cada um dos
moradores (que tenham IRS a pagar), aliviando-os nesse encargo. Esta
decisão depende, desde 2008, apenas dos municípios, uma vez que estes
passaram a ter autonomia para o decidir.
Esta seria, sem dúvida, uma boa prática, atendendo aos tempos de crise que, todos, estamos a viver. É apenas uma ideia...