2007-10-05

Dia da República

Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país. Em Braga foi-o no dia 7, tendo tomado posse da Câmara o Dr Manuel Monteiro.

A queda da Monarquia já era de esperar. Dois anos antes D. Carlos e D. Luíz Filipe haviam sido assassinados por activistas republicanos. O reinado de D. Manuel II tentou apaziguar a vida do país sem sucesso. Foi um reinado fraco e inexperiente. Apesar de o 5 de Outubro não ter sido uma verdadeira revolução popular, mas sobretudo um golpe de estado centrado em Lisboa, a nova situação acabou por ser aceite no país e poucos acreditaram na possibilidade de num regresso à Monarquia.

Seguiu-se um período de democracia republicana, caracterizado por forte instabilidade política, conflitos com a Igreja, mas também grandes progressos na educação pública. A chamada I República Portuguesa terminou em 1926, com o golpe de 28 de Maio, a que se seguiram muitos anos de ditadura.

Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. As cores verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo. O hino A Portuguesa , composto por Alfredo Keil tornou-se o hino nacional




"Hoje, 5 de Outubro de 1910, às 11 horas da manhã, foi proclamada a República em Portugal na Sala Nobre do Município de Lisboa, depois de ter terminado o movimento da revolução nacional. Constituiu-se imediatamente o Governo Provisório sob a Presidência do Dr. Teófilo Braga" (Diário do Governo, 6 de Outubro de 1910)

Cronologia


1891.01.31 - Revolta republicana no Porto
1908.01.28 - Revolta do "Elevador da Biblioteca", em Lisboa
1908.02.01 - Assassinato do Rei D. Carlos I e do Principe D. Luíz Filipe, no Terreiro do Paço, ao regressarem de Vila Viçosa, por Manuel Buíça e Alfredo Costa.
1908.08.29 - O novo Rei, D. Manuel II, preside à abertura das Cortes.
1910.10.02 - A revolução é marcada para o dia 4, à 1 hora da madrugada.
1910.10.03 - Miguel Bombarda, médico republicano, é assassinado. Às 20h realiza-se a última reunião dos conspiradores.
1910.10.04
00.45 h - Revoltas nos quarteis da Infantaria 16 (Campo de Ourique), Artilharia 1 (Campolide) e Marinha (Alcântara)
05.00 h - Acampamento na Rotunda
07.00 h - Encontra do morto o republicano Cândido dos Reis, na Rotunda.
08.00 h - Oficiais do Exército abandonam a Rotunda.
10.00 h - 50 manifestantes são alvejados a tiro nos Restauradores.
12.30 h - Ataque à Rotunda por Paiva Couceiro (dura até às 16h).
14.00 h - Navios revoltosos bombardeiam o Palácio das Necessidades. D. Manuel II refugia-se em Mafra.
16.00 h - A Marinha bombardeia o Terreiro do Paço.
21.00 h - O navio D. Carlos é capturado pelos republicanos.
1910.10.05
06.00 h - Combates de artilharia na Avenida da Liberdade.
08.00 h - A República é proclamada na Câmara Municipal de Lisboa, por José Relvas.
17.00 h - A Família Real embarca Gibraltar, na Ericeira.
1910.10.08 - Publicação dos célebres decretos "anti-clericais" de Afonso Costa, incluindo a expulsão da Companhia de Jesus.
1910.10.15 - Decreto de procriçao da família real de Bragança.
1910.10.22 - O Brasil é o primeiro país a reconhecer o novo governo português. (A Inglaterra só o faria a 11 de Setembro de 1911, seguida pela Espanha, Alemanha, Itália e Aústria-Hungria).


2007-10-02

Destino: Reeleição

A Câmara Municipal, em reunião ordinária de 25 de Setembro, deliberou, por unanimidade, aprovar o projecto da empreitada de Requalificação Urbanística do Largo Ribeiro do Amaral e Requalificação da Avenida 5 de Outubro, Rua General Santos Costa e Rua Prof. Antunes Varela, em Oliveira do Hospital.

A intervenção nas zonas referidas compreende a requalificação dos espaços públicos, com relevo para a substituição das várias infra-estruturas, designadamente da rede de água de abastecimento, rede de águas residuais, rede de águas pluviais, rede de rega, redes eléctricas e telefónicas, bem como a redefinição de arruamentos e estacionamentos, pavimentações e arranjos exteriores, que incluem os espaços verdes, a colocação de mobiliário urbano e iluminação pública.

No Largo Ribeiro do Amaral, e para além de idêntica intervenção, está ainda definida a construção de um silo-auto para veículos ligeiros, com capacidade para 74 lugares, na zona central, sobre a qual se situará uma praça ampla, assim como a construção de uma cafetaria na zona noroeste do Largo (parte mais alta). A estimativa orçamental é de 2.747.380,00 €, acrescida de IVA à taxa legal em vigor, estando previsto um prazo de execução, após consignação, de 365 dias.
(retirado do sitio
www.cm-oliveiradohospital.pt)


O momento é o ideal para iniciar obras e mostrar trabalho junto das populações, principalmente quando o Presidente do Município vê no início e conclusão das mesmas o seu principal trunfo político, que o conduza a uma hipotética reeleição tanto a nível do PSD como a nível camarário.

Algo vai mal quando o poder político instalado neste concelho, em regra, trabalha para ganhar eleições e não para ganhar gerações. É por isso que se mostra mais preocupado com os “interesses” imediatistas dos consumidores, que também são eleitores, do que com os interesses de médio e longo prazo dos que, por acaso, apenas são eleitores.

Ainda a procissão vai no adro e já "voam" cerca de 2.750 mil euros - cerca de 550 mil contos (sem IVA) ...

E o que faz a oposição? Aprova, unanimemente...