2006-12-26

Ano Novo, Vida Nova ?

A passagem de ano, geralmente é precedida por alguns momentos de reflexão sobre o ano que finda e o novo ano que se inicia. É uma época em que a maioria das pessoas efectua o seu balanço pessoal, profissional e social. Faz-se uma retrospectiva da vida que se tem tido e se esse percurso está de acordo com as nossas expectativas, objectivos e sonhos e ao mesmo tempo planeia-se um aperfeiçoamento desse rumo ou mesmo uma mudança de paradigmas, visando um outro estilo de vida, ou uma melhor qualidade de vida.

Costuma-se dizer nesta época de passagem de ano "Ano Novo, Vida Nova", mas será que realmente temos a coragem e a vontade de modificar alguma coisa na nossa Vida, ou simplesmente continuaremos a manter o mesmo paradigma da rotina do dia-a-dia, em que vamos deixando o tempo passar e a Vida correr? Esta é a altura ideal para fazer essas reflexões, mas ao mesmo tempo para estar aberto a outras ideias, estilos de vida e também usar essas conclusões para colocar em prática aquilo que sistematicamente vamos adiando.

Não se vislumbram, a nível político local, medidas credíveis e devidamente ponderadas que nos possam tirar deste buraco em que quem nos têm governado nos enfiou. As prioridades continuam a centrar-se nas obras emblemáticas, para quando por elas passarem poderem proclamar que foram os seus mentores, o mesmo fazendo amanhã os seus filhos, depois os netos a lembrarem que foi no tempo do avô e assim por diante.
Infortunadamente, em Oliveira do Hospital, fazer política é cada vez mais raciocinar com pouca clareza e aceitar a participação num jogo viciado onde quase tudo o que se diz é uma espécie de bênção de promessas e de enganos, cuja única finalidade se resume, para alguns, à necessidade da conquista do poder a todo o custo.

Assim, parece adequado pedir aos Oliveirenses que façam uma retrospectiva sobre o ano de 2006, já que este foi, seguramente, o mais “agitado” ano político desde o 25 de Abril de 1974. Por isso, atreva-se! Comente. Por Oliveira.

Votos de que todos os vossos sonhos se realizem no Ano 2007.

2006-12-19

Carta ao PAI NATAL

Querido e velho Amigo Pai Natal,



Esperamos que estas breves linhas te encontrem de perfeita saúde e preparado para mais uma gloriosa jornada de distribuição de prendas pelas chaminés do mundo inteiro. Partindo do princípio que nós, povo do concelho de Oliveira do Hospital, nos portámos bem ao longo do corrente ano, tomámos a liberdade de te enviar uma lista de presentes a colocar no sapatinho deste concelho, cada vez mais esquecido na sua interioridade.

Se o orçamento disponível não possibilitar a satisfação de todos os pedidos, não te apoquentes. Por estes lados, estamos habituados a apertar o cinto há imenso tempo e, mais grave, as perspectivas futuras não parecem muito risonhas. No entanto, não vale a pena falar de coisas tristes, até porque o Natal é, segundo a tradição, uma época de paz, amor e alegria.



Passando para a exposição do assunto que nos leva a solicitar a tua generosidade, gostaríamos de ter o seguinte:



• Melhores acessibilidades (que venha rapidamente o IC6, que acabem de construir rotundas nesta cidade e que as zonas periféricas da cidade tenham as obras de requalificação rapidamente concluídas);
• Um PDM finalizado e capaz de corresponder aos anseios da população do concelho;
• Uma alternativa (capaz) ao eventual fecho do SAP;
• O fim dos crimes ambientais que vão continuando a existir por todo este concelho;
• Uma carta escolar concelhia, actualizada e nada politizada, onde conste uma nova escola para o Ensino Básico de Oliveira do Hospital, com todas as valias que uma sede de concelho deve e pode ter;
• O rápido início da construção do novo edifício para ESTGOH;
• Um comércio local capaz de nos cativar (em simpatia, preços e capacidade de inovação);
• Capacidade de quem nos governa para cativar novos investimentos industriais para o concelho;
• A sabedoria, acompanhada de bom senso e pouca demagogia, para todos aqueles que, localmente, têm a responsabilidade de utilizar os dinheiros públicos.
• Fim do compadrio, subserviência e falta de capacidade governativa que vai afligindo os nossos políticos locais;
• Que o novo QREN (2007-20013) traga a Oliveira do Hospital a qualificação, o crescimento sustentado, a coesão social, a eficiência da governação.
• Que comece a vislumbrar-se alguém que seja capaz de pegar no leme deste concelho e o leve a navegar por águas que outrora já conheceu, nos tempos do saudoso César de Oliveira.

Por fim, atendendo ao esforço a que vais estar sujeito, toma um Actimel antes de partir. Reforça as defesas naturais, o que certamente te fará falta. Se chegares cedo a Oliveira do Hospital (o que levanta algumas duvidas devido às acessibilidades existentes), vem lanchar connosco ao Café Portugal ou ao Albertino. Não te preocupes com a despesa. Certamente que o Sr. Presidente da Câmara Municipal conseguirá “arranjar”, na autarquia, uns trocos para pagar a despesa. E ainda te habilitas a levar uma medalha da Junta de Freguesia (igual à do Jantar de Natal dos Homens/2006).

2006-11-22

Corrupção? Talvez não...

O deputado municipal da CDU e conhecido benemérito da freguesia de Vila Franca da Beira, António dos Santos Lopes, foi condenado a dois anos de prisão pela prática de crime de corrupção activa. A sentença, da 2ª Vara Criminal de Lisboa, é de Junho deste ano e envolve ainda o gerente de uma leiloeira em Lisboa que, além desta actividade, prestava serviço aos tribunais como fiel depositário e encarregado de vendas judiciais. Ambos são acusados de tentar obter ganhos patrimoniais que não lhe eram devidos na compra de um imóvel na capital.
A notícia, que tem honras de 1ª página e destaque no Jornal Folha do Centro – versão Oliveira do Hospital – foi publicada a 20 de Novembro e teve o condão de deixar o concelho de Oliveira de boca aberta. Uns de espanto e outros com a baba a cair de tão sôfregos ficaram ao ver sangue fresco.
Pela minha parte, mais do que atirar alguma pedra, interessa-me comentar a forma como a notícia é dada a conhecer ao público. Sem querer entrar em códigos deontológicos de jornalistas (até porque não sei se eles o conhecem e o querem praticar) e outros códigos afins, parece-me que o código do bom senso, obrigaria a, perante tão grave acusação pública, ouvir o protagonista da história – Sr. António Lopes.
Não deixa de ser curiosa a interpretação que a Directora/jornalista dá ao CBS on-line : “Foi uma decisão editorial minha. Entendi publicar isto, dadas as funções públicas que António Lopes exerce e o protagonismo que tem tido neste último ano em Oliveira do Hospital, tornando-se um das principais figuras públicas do concelho”. Será que é a teoria do quero, posso e mando, tão em voga neste concelho?
Perante a afirmação de António Lopes de que tem o “registo criminal limpo, bem como a consciência” e que no “mesmo processo existem quatro sentenças que me são favoráveis”, qual será a resposta que Margarida Prata dará ao ser acusada, por António Lopes, de que “nada disto lhe interessa para os fins que pretende atingir e à encomenda que lhe foi solicitada. Compreendo que os favores têm que ser pagos. Não é impunemente que o Folha do Centro tem páginas inteiras de publicidade, que outros não têm”.
Depois de reler a notícia do jornal Folha do Centro e de ler a carta que António Lopes escreveu ao jornal Folha do Centro, e que foi entretanto publicada no CBS on-line, fiquei ainda mais com a impressão que este foi “um prato que se serviu frio”, como vingança para algumas situações que entretanto terão ocorrido entre estas personalidades e que ficaram longe de serem resolvidas.
Já agora, deixem-me que vos diga, em abono da verdade, que para encontrar alguém passível de ser condenado por corrupção activa não havia necessidade de ir pesquisar os autos da 2ª Vara de Lisboa. Certamente que com boa vontade, espírito jornalístico e alguma investigação por cá também se poderiam encontrar casos similares. É que em Oliveira do Hospital também existe, provavelmente, corrupção, bens imóveis penhorados e as figuras de "fiel depositário". Pena é, se calhar, que as pessoas que hipoteticamente poderiam estar envolvidas e serem investigadas, possam fazer parte da mesma família política da jornalista (ou do marido) e não dê tanto jeito.
Por último deixem que coloque a seguinte questão: Onde é que estão as Associações, as Entidades, os particulares, os camaradas, os amigos de António Lopes, a quem este fez e deu tanto?! 
Como é que é que ainda não existiu ninguém que, publicamente, se venha colocar ao lado do homem? Será que o dinheiro doado e que originou algumas justas homenagens, vai ser devolvido? Se calhar está na hora de serem também solidários
Embora ele, provavelmente, não tenha grande necessidade disso!

2006-11-12

Adeus S.A.P.

Historiando um pouco o que se está a passar com a saúde, verifica-se que todas estas redes de prestação de serviços começaram por estar baseadas numa distribuição administrativa, praticamente intocável desde Fontes Pereira de Melo.
Desde freguesias com 30 habitantes a concelhos com 3000, há de tudo um pouco. A acrescentar a isso, a distribuição demográfica foi completamente alterada. Do país rural e interior passou-se a um país urbano e litoral. No entanto muitas estruturas mantêm-se como se houvesse uma distribuição da população igual há de 100 anos atrás!
A piorar tudo, grande parte das estruturas recentes foram construídas por pressão eleitoral. E essa crítica é transversal. Não se pretende atingir qualquer governo ou partido. Foram todos. Se se queria "roubar" uma câmara ou junta importante à oposição, construía-se um hospital, uma universidade, um centro de saúde ou uma extensão deste.
Não podemos esquecer que os ditos SAP's foram criados nas eleições da AD em que Cavaco pretendia maioria absoluta. São uma fraude. Não funcionam com um mínimo de condições (se duvidam efectuem umas visitas ou melhor vão até lá como utentes, constactam rapidamente que quem vai à urgência de um hospital, passa horas e horas à espera). Assim, a pressão das clientelas políticas foi criando estruturas desnecessárias, pesadas, numerosas e pouco eficazes. Os recursos humanos e materiais são limitados. Há, sem duvida alguma, que diminuir os custos com estes serviços e ao mesmo tempo proporcionar aos utentes um melhor serviço.
Penso que estas medidas visam tentar corrigir as assimetrias herdadas. Maternidades sem parturientes, urgências a 10-20 km umas das outras, tempos de acesso e outros parâmetros, estão a ser analisados e aplicadas as medidas correctoras. Os números da Comissão Técnica de Apoio ao Processo de Requalificação das Urgências dizem que 1,2 milhões de pessoas ficarão mais perto de um ponto de urgência. Actualmente, mais de 450 mil estão a mais de 60 minutos de um serviço, no futuro apenas cerca de 100 mil estarão a mais de 45 minutos.
No entanto ninguém gosta! Os autarcas (obviamente) detestam. Mas alguém tinha de fazer este trabalho. E este arrumar da casa, apesar das críticas frequentes, do ruído provocado, no fim têm o apoio dos portugueses em geral. Doutra maneira não se compreenderia a folga eleitoral que todas as sondagens vão apresentando. E não acredito, que a oposição, quando regressados ao poder (aprecio a alternância governativa), desfaçam o que hoje criticam.
Quanto a Oliveira do Hospital, parece-me que não será com manifestações de rua, comissões de utentes e outras formas de “luta” que se algo irá resolver. É obvio que ninguém gosta de perder o que quer que seja, no entanto todos já percebemos que os SAP´s, de Norte a Sul do País, vão encerrar, é apenas uma questão de tempo. Todos sabemos também que Oliveira do Hospital não ficará sem solução, seja na Fundação, seja com uma equipa do INEM ou eventualmente com outra solução qualquer. Portanto há que aguardar serenamente, esperando que estas situações não sejam usadas como armas de arremesso político e permitir que os técnicos façam os estudos que consideram necessários.
Finalmente, já vai sendo tempo de percebermos que não é por se querer muito uma coisa que ela acontece. É preciso trabalho, dedicação, conhecimento, engenho e arte, coisas que dificilmente se podem encontrar nos autarcas que nos têm governado e que, na minha opinião, coadjuvados por uma classe médica local que só é sensível aos lucros que poderá ter, serão os principais responsáveis por esta situação ter chegado onde chegou.

Agora, aguentem-se...

2006-11-06

O(s) Cacique(s)

O caciquismo nasceu da Constituição liberal adoptada na Espanha de 1837, que ao outorgar um significativa parcela de poder aos municípios, contra a posição centralista dos conservadores, promoveu a emergência do cacique. De acordo com os Dicionários de Língua Portuguesa, cacique é o "indivíduo que tem influência política numa determinada região e que, na ocasião das eleições, arranja eleitores a favor de certo candidato, ou dele próprio."
Nunca se deve confundir um cacique com um padrinho (do latim patrinu, diminutivo de pater, pai; figurativamente, protector, patrono). A relação entre padrinho e afilhado é uma relação entre um e um (mesmo quando o padrinho tem vários afilhados, cada um é um caso particular) e, simultaneamente, uma relação de protecção (uma relação entre pai e filho, só que mais fraca), a relação entre cacique e "cacicados" é uma relação entre um e muitos e, simultaneamente, uma relação de condução (análoga à que existe entre o pastor e o seu rebanho).
Numa análise comparativa podemos observar que, enquanto o cacique do passado se limitava a, antes das "eleições" - nome que, na altura, se dava à farsa que "consagrava" os candidatos fascistas -, distribuir os boletins de voto acompanhados por uns peixes de bacalhau, o cacique de hoje é muito mais sofisticado, e já não distribui bacalhau: atribui subsídios (às associações com "mérito" cultural ou desportivo), distribui empregos (mediante "concursos" suficientemente sérios), efectua nomeações para determinados cargos (em função da "competência" dos nomeados, normalmente a título de "assessores"). Assim, quer quantitativa quer qualitativamente, os novos caciques não têm comparação possível com os caciques do antigamente. São, obviamente, muito mais poderosos, logo, muito mais perigosos.
Precisamente por, hoje em dia, “cacicarem” de forma diferente, é necessário pugnar por uma formação política dos cidadãos que os dote de sentido crítico e consciência cívica, para que não mais as pessoas sejam objecto de manipulação por parte de títeres que trocam o debate das ideias pela emissão de inúteis comunicados ou entrevistas, recados encomendados e prepotências de todo o género.
É necessário criar uma nova cultura política, para que uma opinião diferente da opinião dos líderes não seja considerada afronta pessoal, para que qualquer crítica justa não seja tomada como um ataque a um partido. E, mesmo não sendo indispensável ser-se militante para se intervir politicamente, é indispensável que os partidos se abram a novas participações e a novas ideias. Sem que com isso tenham medo de perder os seus caciques.
Se desejamos, como acredito, um melhor futuro para Oliveira do Hospital, é urgente reforçar a participação cívica e política de cada um de nós. Urge acordar todo um povo.

2006-10-19

IP3 com curvas «criminosas»

Num dossier exclusivo, a edição impressa do Autohoje, revela como o traçado do IP3 se reveste de características perigosas. Uma situação tão grave que vai mesmo motivar uma queixa na Procuradoria-Geral da República.
O Itinerário Principal (IP) 3, entre Viseu e Coimbra, tem várias curvas que não cumprem as normas de traçado para a construção de estradas, demonstra um estudo inédito do Observatório de Segurança de Estradas e Cidades (OSEC), que o Autohoje revela esta semana em primeira mão. O OSEC, uma organização não governamental, vai mesmo apresentar uma participação criminal na Procuradoria-Geral da República, alegando que estas curvas colocam em perigo a vida e integridade física dos utentes da estrada. Só num pequeno troço de 30 quilómetros, entre a barragem da Aguieira e Souselas, 18 das 38 curvas analisadas apresentavam erros de construção que levaram os engenheiros do Observatório a qualificá-las como zonas de segurança reduzida, perigosas, muito perigosas ou extremamente perigosas.
O calendário relativo ao processo de construção da auto-estrada entre Viseu e Coimbra, que substituirá o actual e perigoso Itinerário Principal 3, deverá ser apresentado no próximo ano. Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia de inauguração do sub-lanço Fail/Viseu da auto-estrada A24, o secretário de Estado das Obras Públicas, Paulo Campos, explicou aos jornalistas que ainda estão a ser estudadas “as melhores alternativas para implementar o traçado” da auto-estrada, muito reclamada pelos autarcas.“Não me posso comprometer com datas, sendo certo que a nossa expectativa é que em 2007 tenhamos conclusões a apresentar e um calendário de como correrá todo o empreendimento”, afirmou.
Segundo Paulo Campos, “a orografia entre Viseu e Coimbra é difícil”, sendo por isso que o actual IP3 apresenta as dificuldades hoje conhecidas, e lembrou que, logo no dia em que abriu, ele próprio aí assistiu a um acidente. “Sabemos muito bem os problemas que existem entre Viseu e Coimbra. Estamos a estudar as melhores alternativas para implementar este traçado, tendo em conta um conjunto de projectos relevantes para esta zona, como o IC12 e o IC2”, frisou.Assim que esteja terminado este estudo de optimização de traçados, o Governo avançará com a construção da auto-estrada, em regime de concessão.

2006-10-05

5 de Outubro

Nos dias 4 e 5 de Outubro de 1910 alguns militares da Marinha e do Exército iniciaram uma revolta nas guarnições de Lisboa, com o objectivo de derrubar a Monarquia. Juntamente com os militares estiveram a Carbonária e o as estruturas do PRP (Partido Republicano Português). Na tarde desse dia, José Relvas, em nome do Directório do PRP, proclamou a República à varanda da Câmara Municipal de Lisboa. No dia 6 o novo regime foi proclamado no Porto e, nos dias seguintes, no resto do país. Em Braga foi-o no dia 7, tendo tomado posse da Câmara o Dr Manuel Monteiro.
A queda da Monarquia já era de esperar. Dois anos antes D. Carlos e D. Luíz Filipe haviam sido assassinados por activistas republicanos. O reinado de D. Manuel II tentou apaziguar a vida do país sem sucesso. Foi um reinado fraco e inexperiente. Apesar de o 5 de Outubro não ter sido uma verdadeira revolução popular, mas sobretudo um golpe de estado centrado em Lisboa, a nova situação acabou por ser aceite no país e poucos acreditaram na possibilidade de num regresso à Monarquia.
Seguiu-se um período de democracia republicana, caracterizado por forte instabilidade política, conflitos com a Igreja, mas também grandes progressos na educação pública. A chamada I República Portuguesa terminou em 1926, com o golpe de 28 de Maio, a que se seguiram muitos anos de ditadura.
Após o 5 de Outubro foi substituída a bandeira portuguesa. As cores verde e vermelho significam, respectivamente, a esperança e o sangue dos heróis. A esfera armilar simboliza os Descobrimentos, os sete castelos representam os primeiros castelos conquistados por D. Afonso Henriques, as cinco quinas significam os cinco reis mouros vencidos por este Rei e, finalmente, os cinco pontos em cada uma as cinco chagas de Cristo. O hino A Portuguesa , composto por Alfredo Keil tornou-se o hino nacional.

2006-09-15

Educação (ou talvez não)

Vários municípios do nosso país decidiram encetar, há já algum tempo, o processo de elaboração da Carta Educativa com vista à definição da estratégia municipal de desenvolvimento dos sistemas de educação e de formação. Aproveitam esta oportunidade para se abrir à discussão pública sobre os desafios da educação e para se mobilizarem os diferentes agentes da comunidade educativa em prol da formação integral dos indivíduos, em especial das crianças e dos jovens.
A Carta Educativa visa prever uma resposta adequada às necessidades de redimensionamento da rede educativa colocadas pela evolução da política educativa e pelas oscilações da procura da educação, rentabilizando o parque escolar existente, promovendo a igualdade do acesso ao ensino, assegurando a coerência dos princípios normativos no todo nacional. É pois um instrumento fundamental de planeamento que permite aos responsáveis desenvolver uma actuação estratégica; tomar decisões relativamente à construção de novos empreendimentos, ao encerramento de escolas e à reconversão e adaptação do parque optimizando a funcionalidade da rede existente e a respectiva expansão; definir prioridades; optimizar a utilização dos recursos consagrados à educação; evitar rupturas e inadequações da rede educativa à dinâmica social e ao desenvolvimento urbanístico.
O Conselho Municipal de Educação é uma instância de coordenação e consulta da Carta Educativa, sendo integrado, entre outros, pelo Presidente da Câmara Municipal, que preside; pelo Presidente da Assembleia Municipal; pelo vereador responsável pela educação, que assegura a substituição do presidente nas suas ausências e impedimentos; pelo director regional de educação com competências na área do município ou quem este designar em sua substituição e ainda por diversos representantes de instituições ligadas de alguma forma à área da educação.
Com pessoas de tão reconhecida capacidade e conhecimento nas artes de educar, não será certamente de estranhar que a política concelhia para a educação ande pelas ruas da amargura.
Senão, vejamos, possuímos, na freguesia de Oliveira do Hospital (não valerá a pena fazer o périplo pelo concelho), pré-primárias no sótão de pavilhões, ATL´s a funcionarem em locais que certamente não seriam autorizados para qualquer outra actividade privada, uma escola do 1º Ciclo repleta de crianças (tantas que até obriga a diversos horários desdobrados – duvido que de acordo com o que a lei regulamenta) e sem as mínimas condições para aí serem todas recebidas. Das outras duas escolas da freguesia – Gramaços e Gavinhos, onde se existissem as condições consideradas adequadas muitas crianças poderiam receber aulas – ninguém sabe lá muito bem o que lhes vai acontecer mas, se nada fizerem os responsáveis pela política educativa concelhia, certamente irão encerrar.
No 1º e 2º ciclo a coisa lá vai andando (graças ao empenho dos professores e ao bom desempenho de alguns alunos) mas quando é necessário contarem com a autarquia para algo mais, o melhor é esquecer – aqui há dias alguém dizia em surdina que “se ele (Mário Alves) não se meter em nada é a melhor ajuda que nos pode dar”.
Adeptoliva – sem comentários, o que se tem passado nos últimos dois meses é bastante elucidativo para que se perceba como esta “teia laranja” funciona. Ficam a perder, infelizmente, os alunos e provavelmente o concelho. “Ganha-se um ordenado”.
Continua o executivo municipal a ignorar sistematicamente os sinais de “alerta amarelo” que vão surgindo de vários sectores da sociedade civil, bem como de dirigentes políticos concelhios e nacionais, relativamente à ESTGOH. Falta de instalações adequadas, incapacidade de colocação de alunos no mercado de trabalho após conclusão dos cursos, cada vez com menos alunos (não quero sequer comentar a “golpada” deste ano com os + de 23 anos), curricularmente com cursos bastante fracos.
A tudo isto como responde o nosso brilhante, competente e honesto executivo municipal?
Se souber a resposta comente, porque certamente Oliveira do Hospital agradece
.

2006-09-01

ADEPTOLIVA - P.R.

Neste momento, o sistema de (des)governo municipal está transformando numa espécie de presidencialismo (pouco ou nada) disfarçado, o que já de si é grave mas tornou-se ainda pior a partir do momento em que caiu na excessiva distorção democrática e descambou na personalização do poder. Certamente ainda mais preocupante é também a constatação que do mesmo ”espírito presidencialista” padece o Vice-Presidente da Câmara.

Vejamos, o Sr. Dr. Paulo Rocha é Vice-Presidente da Câmara Municipal de Oliveira do Hospital, acumulando os pelouros de Desenvolvimento Económico e Social, Desporto e Tempos Livres, Juventude e Formação Profissional, Mercados e Feiras, Planeamento Estratégico e Urbanístico, Qualidade dos Serviços Públicos Municipais e Património, Tecnologia e Inovação. É ainda o Presidente da Direcção da Adeptoliva e, segundo as ultimas noticias, irá acumular também as funções de Director Executivo da mesma escola.

Parafraseado o povo, parece-me “demasiada areia para uma só camioneta”. Entendo que o exercício de várias funções e que a acumulação excessiva de cargos numa só pessoa é um perigo em termos democráticos, isto porque, entre outras coisas talvez até mais perigosas como por exemplo o abuso do poder, implica que certamente irá sobrar muito pouco tempo para gerir bem quando se está envolvido em diversas actividades.

Ainda na análise à “nomeação” do Dr. Paulo Rocha para o lugar de Director Executivo da Adeptoliva, algumas questões se colocam, nomeadamente:

- É do interesse da Adeptoliva que o Presidente da Direcção e o Director Executivo sejam a mesma pessoa?

- Quais são as habilitações profissionais e/ou literárias que o Dr. Paulo Rocha possui e que lhe poderão permitir desempenhar cabalmente o lugar de Director Executivo?

- Quem é que “controla” e a quem é que responde o Sr. Director Executivo Paulo Rocha? Ao Sr. Presidente da Direcção Paulo Rocha?

- Tendo o Sr. Vice-Presidente da Câmara afirmado que a escola possuía “um director pedagógico e um director financeiro que asseguram grande parte do trabalho, pelo que o cargo de director executivo não vai atrapalhar as horas de vereação”, poder-se-á questionar o que é que estes directores anteriormente faziam?!

-Se o lugar de Director Executivo tem assim tão pouca importância (e tão pouco trabalho) porque é que nos últimos 12 anos em que o PSD esteve no poder local, não acabou simplesmente com ele?

Achei simplesmente delicioso que o motivo que serviu de gene à “compatibilização” de funções tenha sido o de evitar polémicas e ao mesmo tempo “poupar” um salário devido à diminuição de um cargo directivo. Depois disto deixo-vos um pensamento, que certamente se poderá aplicar em todas estas peripécias que vão acontecendo amiúde pelo concelho de Oliveira do Hospital.

“Um dos males da ignorância é que vai adquirindo confiança à medida que se prolonga, pelo que uma ideia fixa parece sempre uma grande ideia, não por ser grande, mas porque enche todo o cérebro.”

2006-08-28

O Município da Cultura

O poder local desempenha um papel preponderante, enquanto elemento animador e regulador dos processos de mudança. Cabe-lhe, antes de mais, assumir as responsabilidades de serviço público da cultura, criando as condições para a sua existência. Não raras vezes, a política cultural das autarquias, reflectindo o presidencialismo municipalista, é o reflexo pouco subtil e pouco agradável do gosto do seu responsável máximo.

Daí o contraste verificado: concelhos onde existem espaços, equipamento, a materialidade de algum serviço, de algum acontecimento (musical, plástico…) e contudo a vida cultural estagna – faz-me lembrar algo; por outro lado, concelhos em que as carências são muitas e contudo há uma vida cultural interessante e sustentada, mediante o recurso a instrumentos subsidiários (uma Igreja em vez de um auditório, um quartel em vez de uma galeria…).

Confunde-se, amiúde, uma política cultural com um inventário de iniciativas e projectos. Esquece-se que importa, antes de mais, optar, tendo em conta um conjunto de cenários existentes. Por outras palavras, impõe-se a ideia de projecto, com a definição de objectivos, meios disponíveis e cenários de resultados esperados, com a necessária flexibilidade para rectificar as estratégias seguidas. Assim entendida, a política cultural desempenha um papel decisivo na legibilidade ou imaginabilidade da cidade.

No nosso concelho, a politica cultural da autarquia, resume-se a eventos efectuados pelas Juntas de Freguesia e, supostamente, intervencionados pela autarquia com o poder dos euros, a poucos e tristes espectáculos culturais (eu diria, na sua maioria, de folclore ou de sardinhadas) que o Parque do Mandanelho nos vai proporcionando e à Animação de Praias Fluviais.

Promover a Cultura não será certamente a atribuição indiscriminada de subsídios, sem que exista uma política cultural devidamente definida. Observando o desmazelo a que foi votada a politica cultural deste concelho algumas perguntas se impõe, nomeadamente saber quem é o Vereador da Cultura, em Oliveira do Hospital (o Presidente da Câmara ou a Dr. Fátima Antunes)?! Quais são as competências que lhes estão atribuídas para a governação cultural do nosso município? Qual é o programa cultural que o Município tem para o nosso concelho? Quanto é gasto anualmente em programas culturais? Quais são as regras para atribuição de subsídios às entidades que pretendem promover a cultura? Onde se encontram publicadas? Ou será que esses subsídios dependem essencialmente da cor política dos representantes das Instituições que a eles se candidatam?

Se, por mero acaso, souber a resposta correcta para alguma destas questões, diga, pois o Concelho de Oliveira do Hospital agradece.

2006-08-11

A nova Censura

Trinta e dois anos voaram sobre o 25 de Abril de 1974. Para se perceber o significado desta data, há que ouvir as estórias dos que viveram aqueles tempos. A censura mergulhou o país num medievalismo oculto e sombrio, onde não havia espaço para vozes discordantes do regime. Salazar via os jornalistas como uma ameaça à imagem imaculada que ele queria dar do país. Por isso, dizia que a imprensa era o “alimento espiritual do povo e como qualquer alimento tinha de ser vigiado”.

Hoje os tempos são outros e nem nos apercebemos do milagre que é a liberdade de expressão e opinião. Todos os dias nascem novas publicações, revistas, “sites”, “weblogs”, etc, etc. Qualquer um parece poder dizer o quer.

Mas, e que herança ficou dos censores do Estado Novo? A censura morreu com o regime ditatorial? Por vício, ou fatalismo, habituámo-nos a engolir e a não refilar. A "censura" está a impor-se a vários níveis, e não tenta atingir apenas o jornalismo. Ela existe no aparelho do estado, nas autarquias, nas empresas, nas escolas, está por todo o lado, simplesmente porque os portugueses pensam primeiro com a barriga (quiçá, também com outro órgão), e só depois com a cabeça.

Neste pais que se encontra à beira-mar plantado vive-se literalmente de invejas. O importante não é eu estar bem, o importante é que o meu vizinho não esteja tão bem como eu. Num país com estas características, para reinar, é só preciso saber dividir, o que em resumo significa tão só saber explorar a invejite popular, semeando ódios e atiçando uns contra os outros.

O povo já dizia que as verdades são para se dizer mas, mesmo assim, vão existindo processos de abuso de liberdade de imprensa, processos crime e de pedidos de indemnização por perdas e danos, processo civil, etc, etc. Não é preciso usar mais meios, estes bem que poderão ser a nova censura do século XXI.

Ficam as questões para reflectir. Pare um pouco para pensar depois de ler este post. Pode inclusivamente efectuar uma aproximação ao que se vai passando no nosso concelho, nomeadamente a nível político e partidário. Aos eventuais abusos que passam diariamente pelo poder local e à sua tentativa (quase que conseguida na totalidade – salvo a honrosa excepção do Correio da Beira Serra) de silenciamento dos mesmos, nos órgãos de comunicação social.

Uma coisa vos posso garantir: este post não foi visado por nenhuma comissão de censura nem este blog estará à venda para publicidade institucional ou qualquer outro tipo de receitas financeiras menos próprias e lícitas.

2006-07-18

A Industria das Rotundas

É um negócio em franco crescimento, que vai proliferando no nosso concelho, pois já quase não sobra cruzamento nem entroncamento que não tenha uma, construída ou por construir, definitiva em cimento ou provisória com aqueles separadores de plástico vermelhos e brancos, com 20 metros de raio ou com 1 apenas.

Nos dias que correm, as rotundas servem de desculpa para justificar a ausência de obra feita no concelho de Oliveira do Hospital. O que importa é mostrar obra, sejam elas necessárias ou não.

No entanto a industria das rotundas tem uma coisa contra. Quando acabarem os cruzamentos e entroncamentos acaba-se a construção destas coisas circulares, pelo que o nosso querido Município e o nosso ainda mais querido Presidente já se estão a adaptar aos novos tempos que aí vêm. A industria de transformação de rotundas. Este negócio ainda é mais rentável que o anterior e consiste basicamente no desfazer o que estava feito para fazer de novo (ide dar uma volta pela cidade que logo vereis do que se está a falar). A esta actividade deu-se o nome de requalificação de espaços. Hoje trata-se do arrelvamento de uma dessas estruturas e passado um ano tira-se a relva para por árvores, para um ano depois achar-se que as arvores não servem porque cortam a visibilidade, por exemplo, e voltar-se á relva ou então a um ornamento de cascalho colorido.

Sabem o que mais me aborrece nas rotundas? Não é o dinheiro que custaram, a tacanhez que muitas vezes representam, a estátua pindérica (ou algo semelhante) lá em cima. É que na relva e florzinhas das rotundas, naqueles jardins de anedota, esgota-se o orçamento municipal para espaços verdes.

Como facilmente se constata, as rotundas em Oliveira do Hospital não servem a fluidez do trânsito. Servem a necessidade de mostrar obra, de trabalhar na fachada, de nos atirar areia para os olhos (podemos dar como último exemplo a “rotunda da vitela”). Se a resolução dos problemas de trânsito em Oliveira do Hospital fosse motivo de preocupação do executivo camarário (a palavra executivo faz supor erradamente que executa alguma coisa) as estradas de acesso à cidade já não estariam ao nível de uma via secundária. Curiosamente existem no concelho vias secundárias em melhores condições que as ruas da cidade (vá-se lá saber porquê).

Agora que na cidade vão “nascer” ou ser “plantadas” mais algumas rotundas e outras vão ser (ou já foram) (re)inauguradas, pergunta-se:

Será que vale a pena e é necessário tanta rotunda? Estaremos melhor? Circula-se melhor em Oliveira do Hospital? Ou é apenas por ser moda? Ou será que Mário Alves é um fervoroso devoto da construção de rotundas? Ou terá ele caído num “círculo vicioso” (erro de raciocínio que consiste em provar A por B e B por A)?

Em qualquer dos casos deve-se referir que com tanta volta (às rotundas) o concelho continua sem sair do marasmo a que foi votado neste últimos anos (leia-se governação laranja) e não consegue encontrar a via do desenvolvimento, do progresso, da inovação, do mediocremente “vai-se fazendo o que se pode”.
Necessita-se urgentemente de uma "nova via"! Alguém tem alguma ideia? Por Oliveira!

2006-07-05

Os "Criminosos"

Na sequência dos comentários efectuados em anteriores post´s e depois de se ter averiguado a veracidade dos mesmos, o Observando OHP tem o triste dever de levar ao conhecimento de todos os que nos visitam a versão dos alunos da ESTGOH, sobre os acontecimentos de Sábado, dia 1 de Julho. Se o Sr. Presidente da Câmara quiser dar a sua versão, será bem vinda e o concelho de Oliveira do Hospital agradeçe.

Na madrugada do último sábado (dia 1), estava um grupo de alunos, da ESTGOH, (dos PALOP, sim, eram alunos de côr), no Jardim anexo ao Largo Ribeiro do Amaral, a festejar a despedida de um colega que se ia embora nesse dia. Às tantas, aproxima-se uma pessoa, que se dirige a eles e diz:
"Ou vocês me dizem quem furou o pneu do meu carro, ou vou apresentar queixa à GNR..."!
Os rapazes ficaram de boca aberta, surpresos com a acusação, dizem que nada têm a ver com o assunto e a pessoa volta a reafirmar a pergunta. Perante a não "admissão da culpa", a pessoa vai à GNR!!
Pouco tempo depois, aparecem 2 GNR, armados, que identificaram os rapazes e os intimam a irem, na manhã de sábado, apresentar-se no quartel para prestarem declarações!!!
Resultado???
O pneu do carro do senhor estava SÓ VAZIO, SEM AR, e, depois de utilizada uma bomba de ar....o dito pneu ficou bom!!

Um dos estudantes rira, de nervoso ou do ridículo - não se sabe - dizendo:
"Era o Presidente da Câmara que nos acusava de esvaziar o pneu... mas nós pensámos que estava a gozar com o pessoal, porque aquele carro nem parecia de Presidente... mas depois lá o reconhecemos dos jornais e das cerimónias lá da escola...mas ficámos atónitos com a acusação, nem queriamos acreditar... não conseguimos perceber porquê..."

Isto passou-se em Oliveira do Hospital, no ano da graça de 2006, Século XXI, e foi protagonista a figura do Sr. Presidente da Câmara Munícipal de Oliveira do Hospital.
Sem comentários...

2006-06-28

Concurso distingue escola de OHP

O concurso «Ideias que mudam o mundo» distinguiu um grupo de alunos da Escola Básica 2,3 de Oliveira do Hospital, ao nível distrital.

A iniciativa, promovida pela Bayer Portugal, envolveu um total de 67 alunos de diversos estabelecimentos de ensino, tendo por objectivo despertar «o gosto dos jovens pela ciência e tecnologia e ajudar a formar os cientistas de amanhã», e contou com um investimento 150 mil euros da multinacional.O trabalho da Escola Básica 2,3 de Oliveira do Hospital, vencedor a nível distrital, consistia na descrição da cidade do futuro «imaginando-a nas vertentes de habitação, transportes, ambiente, saúde, alimentação, comunicação, espaço e desporto», tendo todos os seus intervenientes ganho um leitor de MP3.

Muitos parabéns. Que bom seria se o Sr. Presidente da Câmara Munícipal de Oliveira do Hospital pudesse efectuar uma reunião com estes jovens e “beber” algumas das ideias que eles apresentaram no seu projecto. Mas, que digo eu, isso seria a cidade do futuro, e nela Mário Alves não apareceria, certamente.

2006-06-24

Festas, Eventos & Quejandos

Várias Festas, Eventos & Quejandos se vão realizar durante este fim de semana, alguns com prolongamento durante os próximos dias/semanas. A destacar:
- Clube Seita Todo-o-Terreno de Oliveira do Hospital, realiza, nos dias 23, 24, e 25 de Junho, o seu 13º Enduro e a 5ª Prova pontuável para o Campeonato Nacional de Enduro e Troféu Husqvarna.
- “Memórias e Saberes de Lagares da Beira – Século XX”, é o nome da exposição que a Junta de Freguesia de Lagares da Beira vai inaugurar, hoje, dia 24 de Junho, pelas 16h30, na Biblioteca – Ludoteca da vila.
- Realiza-se, este fim de semana, a Final Four de Iniciados e Infantis A, em Hóquei em Patins. Pela primeira vez na história do clube oliveirense (35 anos), uma equipa estará presente nesta final nacional.
- 1ª Expo Social. A partir de domingo e prolongando-se até ao primeiro de Julho, a Rede Social de Oliveira do Hospital vai realizar a 1ª Edição da Expo Social – Actividade Intergeracional e Interinstitucional de Promoção das IPSS´s e do trabalho social realizado no concelho.
- Semana Popular - Festas de São João - O município de Oliveira do Hospital, em colaboração com a Junta de Freguesia de Oliveira do Hospital, realiza, no Parque do Mandanelho e Largo Ribeiro do Amaral, uma Semana Popular, com o seguinte programa:
Dia 24, Sábado, 17h30m - Sardinhada aberta à população; 22h00m - Baile c/ Dogma; No dia 25, Domingo, pelas 21h15m, no Largo Ribeiro do Amaral (Jardim) irá ter lugar um desfile de marchas populares provenientes de Avô, Bobadela, Galizes, Lagares da Beira, Nogueira do Cravo, Penalva de Alva, Santa Ovaia e Seixo da Beira.
- Caldas de S. Paulo com festa do PSD este domingo - A 14ª edição da festa que procura juntar os militantes deste partido num almoço e numa tarde cultural à beira do rio Alva. Ao contrário do que chegou a ser anunciado, não contará com o líder Nacional do Partido, Marques Mendes, por razões de agenda.
- Associação de Desenvolvimento do Senhor das Almas promove a "Festa da Vitela", em Senhor das Almas – Nogueira do Cravo.

Geralmente considera-se que a cultura e a política dificilmente se relacionam, e como a uma equivale a festa e a outra a seriedade devem, assim, estar separadas uma da outra. A ideia de que as demonstrações culturais não podem fazer parte de um projecto apolítico é uma ideia ultrapassada que ainda vai reinando nos já poucos movimentos de massa em Portugal. Através das gastronomias, das danças, das músicas, das exposições, dos eventos desportivos, das oficinas culturais e da discussão e troca de ideias, ajuda-se, assim, a construir e consolidar os movimentos de carácter associativo. Que pena os politicos terem de estragar tudo, na ânsia de aparecerem para a capitalização dos votos.
Este fim de semana, no concelho de Oliveira do Hospital, também não será excepção...

2006-06-11

A Comunicação Social

A importância que os media de hoje assumem, em relação aos de ontem, é enorme. Se dantes reportavam decisões e atitudes, hoje interferem directamente e de uma maneira activa nessas mesmas decisões. Hoje, não podemos falar de uma opinião pública nos termos em que se falava, por exemplo, na primeira metade do século XX.
A independência dos média é limitada, porque apesar de poderem ter independência intelectual e tentar, caso a caso, exprimir o ponto de vista que consideram correcto, mas com muito mais dificuldade do que se tivessem um estatuto de independência económica e financeira que lhes permitisse, de facto, exprimir mais livremente o que se passa.
Resta a blogosfera, que apesar de tudo é limitada a um núcleo de pessoas que, ainda assim, consegue resistir. Mas que não tem verdadeira penetração junto da opinião pública. Dirige-se a um grupo que, por sua vez, não tem capacidade de se exprimir devidamente, pelo menos com a mesma regularidade com que os chamados comentadores oficiais têm. E esses são a "opinião".
O caso de Oliveira do Hospital é deveras pragmático nesse sentido. O concelho tem três orgãos de comunicação social locais(Rádio Boa Nova, Folha do Centro e Correio da Beira Serra), “recebe” ainda diversos jornais que vão dando relevo ao que pelo concelho se vai passando (Diário As Beiras, Diário de Coimbra, A Comarca de Arganil, Jornal de Arganil, etc.). Incontornavelmente os órgãos de comunicação social estão na ordem do dia, dada a forma e conteúdo das notícias que nos são apresentadas (ou que não nos são apresentadas). Não posso afirmar que existe censura, mas com certeza existem linhas de orientação que condicionam jornalistas, ficando os seus princípios condicionados aos estatutos (leia-se factores de ordem económica) que regulam e permitem a subsistência desses mesmos órgãos.
Segundo o Código Deontológico do Jornalista, no artigo 10º, “O jornalista deve recusar funções, tarefas e benefícios susceptíveis de comprometer o seu estatuto de independência e a sua integridade profissional. O jornalista não deve valer-se da sua condição profissional para noticiar assuntos em que tenha interesse.”
Será que nos orgãos de comunicação social que se vão lendo em Oliveira do Hospital se conseguirá alcançar este desiderato? Sinceramente, sem qualquer espécie de ofensa para os envolvidos (até porque pugnam pela sua subsistência), coloco algumas dúvidas e muitas reservas...

2006-06-06

“Dia de Portugal, Camões e das Comunidades”

- Sabiam que em 1977, o Governo Democrático Português decretou que o “Dia 10 de Junho”, devia ser uma trindade, “Dia de Portugal”, “Dia de Camões” e “Dia das Comunidades Portuguesas Espalhadas pelo Mundo”?
- Sabiam que desde aquela data, passamos a ter como patrono exclusivo o maior poeta universal da Língua Portuguesa, Luís Vaz de Camões, autor de “Os Lusíadas”, o épico imortal de Portugal?
- Sabiam que Luís de Camões morreu neste dia em 1580?
- Sabiam que os emigrantes aceitam de bom grado o Dia de Camões como “Dia do Emigrante Português”, pois Camões também foi emigrante durante dezassete anos?
- Sabiam que o dia 10 de Junho é motivo de celebração nos cinco continentes deste mundo?
- Sabiam que as comemorações do 10 de Junho no pós-25 de Abril já não abrangem unicamente o povo português no seu território nacional, mas sim o povo que, por necessidades várias, desde sobrevivência económica, a questões de perseguição política, teve que se espalhar por diferentes partes do mundo?
- Sabiam que a nossa língua é a 7ª mais falada do mundo? E olhem que existem milhares de línguas e dialectos!
- Sabiam que existem outros símbolos que nos representam e que também têm história? Por exemplo: a bandeira nacional; o hino nacional; a língua portuguesa !
- Sabiam que O Dia de Portugal é ainda motivo para tentar dignificar, através da atribuição de determinados títulos e medalhas, portugueses que se tenham distinguido em determinadas áreas, sem distinção da opção ideológica ou da opção religiosa?
- Sabiam que os emigrantes (muitos dos quais oriundos deste concelho) sempre estiveram sintonizados e motivados com tudo o que se passou e passa na sua terra? Na verdade, o nosso distanciamento é meramente geográfico, porque para onde foram, jamais deixam de estar com o nosso país e com essa parcela do povo que vive dentro das suas fronteiras, contribuindo, dia a dia, mês a mês, ano a ano, com a construção de uma imagem forte do nosso país e do nosso povo, e que tem dignificado o conceito de ser português, que para onde foi amealha o dinheiro da honradez, que dá filhos ao estrangeiro que choram em português, como escreveu César de Oliveira.
- Assim, como explicar a indeferença, a ignorância e a profunda falta de sentido patriótico com que o senhor Presidente da Camâra Municipal de Oliveira do Hospital irá brindar o “seu” concelho? Só um perfeito idiota conseguiria ter a “brilhante ideia” de, no Dia de Portugal, Camões e as Comunidades Portuguesas, organizar a 1ª Festa do Inglês no 1º Ciclo de Ensino Básico!
- No dia em que por todo o mundo se celebrará a Portugalidade, em Oliveira do Hospital ir-se-á assistir a actividades ligadas ao ensino da língua inglesa, de onde constam várias canções, cantadas em inglês pelos alunos, com uma peça de teatro intitulada “My First Job”.

10 de Junho é o “Dia de Portugal, Camões e das Comunidades”.

Por isso o meu apelo aos pais das crianças que deveriam estar presentes nesta afronta nacional.
Expliquem aos vossos filhos o que é o Dia de Portugal, Camões e as Comunidades Portuguesas! Expliquem-lhes bem o que é ter orgulho em ser Português!
Estou certo que depois dessas explicações eles , embora sendo apenas crianças, irão poder fazer uma escolha que será, óbviamente, PORTUGAL e o Dia de Portugal, Camões e das Comunidades!

2006-06-01

SAP - Aberto Ou Fechado?!

O Centro de Saúde de Oliveira do Hospital vai deixar de ter, a partir do próximo mês, o Serviço de Atendimento Permanente (SAP) nocturno. A decisão foi tomada pela Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), que anunciou ainda novos horários de funcionamento para esta unidade de saúde.
De acordo com fonte da ARSC, o encerramento do SAP teve em consideração o facto de "a procura de cuidados de saúde nesta unidade se verificar em situações que, na sua generalidade, podem ser resolvidas pelos médicos de família, bem como o facto de esta medida, se inserir no novo modelo de reorganização da rede de cuidados de saúde que o Governo quer implementar e que passa, especialmente, pelo encerramento nocturno dos SAP com uma média de atendimento inferior a 10 utentes por noite.”
Os eventuais casos urgentes ou emergentes terão, ainda de acordo com a mesma fonte, "adequada resposta nos Serviços de Urgência do Hospital de Seia, com acessibilidade garantida pela sua proximidade, equacionando-se ainda a proposta do Hospital de Seia, que havia proposto à ARSC a criação de uma Unidade Local de Saúde, prevendo integrar os concelhos da «área de atracção» do hospital de Seia, como Seia, Gouveia e Fornos de Algodres, englonado ainda o concelho de Oliveira do Hospital.

Esta bem que poderia ser uma das noticias de primeira página dos jornais locais e, talvez até nacionais. Mais do que “brincar” às noticias importará certamente pensar e, porque não, começar a agir, sobre o que acontecerá caso o SAP de Oliveira do Hospital seja encerrado no período nocturno.
A “insatisfação” do Sr. Mário Alves com a possibilidade de a população do concelho ter de se deslocar ao Hospital de Seia, no caso de as urgências nocturnas poderem vir a encerrar no centro de saúde local, não irão chegar, certamente, para demover dessa decisão os responsáveis pela ARSC.
Será que os nossos responsáveis autárquicos (Assembleia Municipal, Câmara Municipal e Juntas de Freguesia) já reflectiram BEM sobre o assunto? Será que se encontram a efectuar as necessárias “démarches“ para inverterem essa situação? Será que a oposição se encontra unida para esta luta, que se apresenta vital, pelo concelho? Será que desconhecem que já se sabe, nos “corredores” da ARSC (de fonte oficiosa,mas fidedigna) quais os SAP que terão as suas portas fechadas durante o horário nocturno?
Porque esta irá ser uma decisão política, talvez não ficasse mal aos políticos locais esclarecerem a população sobre este assunto. Se não doer muito o concelho de Oliveira do Hospital agradece!

2006-05-22

Movimento de Cidadania ?

A clássica tipologia de Marshall, distinguindo as três principais formas de cidadania - civil, política e social - que acompanham a transformação dos direitos e do sistema social ocidental contemporâneo, começa a revelar-se insuficiente para a apreensão dos novos conteúdos que a noção de cidadania tende hoje a subscrever.
A participação política nas sociedades modernas não se restringe à defesa de interesses e valores associados às condições económicas e sociais. Pelo contrário, a mobilização política para outras causas culminou num processo de criação de novos direitos: ambientais, culturais, das minorias, dos consumidores, em suma, direitos referentes à qualidade de vida em geral.
Associado ao crescimento destes novos direitos, acentuou-se o protagonismo de novos grupos sociais, caminhando-se para o alargamento e a revitalização dos mecanismos de participação política nas sociedades contemporâneas.
Em Oliveira do Hospital, no passado dia 8 de Maio (no próximo dia 26 de Maio será o segundo encontro), foi dado um pontapé de saída para que um grupo de cidadãos possa, efectivamente, “fazer algo pela sua terra”.
Quantas vezes não sentimos, todos nós, vontade de exprimir as nossas opiniões e não encontramos quem esteja disposto a discutir connosco? Descentralização, eleições, guerra, acessibilidades, desemprego, saúde, educação, etc, etc, etc, são temas que certamente dizem algo a cada um de nós.
Porque é preciso valorizar a participação dos cidadãos nas discussões que influenciam as suas vidas, deixo-vos o desafio ... qual será o móbil para tão elevada participação de cidadania dos nossos mais ilustres conterrâneos?

2006-05-16

O Analfabeto Político



"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguer, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, malandro, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Poema de um escritor e dramaturgo alemão, que viveu entre 1898 e 1956, de seu nome Bertolt Brecht.

A democracia exige a alfabetização política da população, o que nada tem a ver com doutrinação, mas tem tudo a ver com informação, conhecimento, aumento da autonomia e da capacidade crítica de cada um.
Separar as águas é uma exigência da democracia.
O aumento da abstenção eleitoral, a reduzida participação na vida cultural, cívica e política, o encolher de ombros face ao que nos é comum, são comportamentos correntes de muitos cidadãos. Não é de estranhar que uma maioria crescente da opinião pública vá encolhendo os ombros e dizendo que os políticos são todos iguais, ou, que nada sabem ou nada querem saber de política.
O poder dominante, para dominar, precisa que predomine o analfabetismo político. Quando o analfabetismo político predomina é natural que tudo pareça igual e seja visto com a mesma indiferença.
Por outro lado, a falta de formação permite que a actividade política seja cada vez mais futbolizada. Assim, muitos políticos adoptam o comportamento dos hooligans, defendendo fanaticamente as suas cores e, pelo seu lado, os meios de comunicação social preocupam-se apenas em transmitir os resultados das contendas entre adeptos.
Cabe aos que não fazem parte do coro dos contentes, juntarem-se, criar e fazer soar as melodias da civilização que se pode opor à barbárie.
Por isso, meus caros, cultivem-se.
Olhem para o que se passa à vossa volta ! Olhem e vejam...
Leiam !
Pensem !
Discutam !
Comentem !

2006-05-11

O Comboio do Progresso

Para além (ou por causa) da concorrência inter-empresarial, cada vez mais os concelhos competem entre si.
Cada concelho procura ter maior peso económico, atraindo investimento externo ou fomentando a iniciativa doméstica; cada concelho esforça-se por acolher os serviços descentralizados da Administração Pública ou luta pela fixação de instituições prestigiadas e prestigiantes; cada concelho tem para oferecer mais facilidades de relação com os mercados e com o mundo envolvente; cada concelho exige estar na primeira linha do poder do Estado lançando holofotes sobre os seus políticos, intérpretes da sua vontade e depositários das expectativas das suas populações.
Em inicio de século, a competitividade dos concelhos assume-se tão importante para o desenvolvimento como a competitividade de cada um dos seus agentes económicos. Ora, num mundo em rápida e permanente mudança, a competitividade ganha-se - ou perde-se - na capacidade de inovação e na consequente capacidade de antecipação dos movimentos sociais, culturais e económicos.
Um espaço de inovação necessita, por outro lado, de estar associado a um centro urbano com dimensão crítica suficiente para se assumir como um importante e qualitativamente exigente mercado de produtos finais e "merecedor" da instalação de serviços de elevado valor acrescentado.
E em Oliveira do Hospital, como será que o concelho tem estado a ser desenvolvido, ou mais importante ainda, como será que se irá desenvolver?
Será que o poder político tomou - toma ou tem vindo a tomar - as devidas precauções, para que não seja ultrapassado pelo concelhos vizinhos?
Qual tem sido a política seguida pelos executivos (anteriores e actual), em questões como:
- a cidadania, a coesão social e o capital humano, a aposta nos factores de competitividade, no aumento da produtividade, na melhoria dos níveis de qualificação profissional, na promoção do espírito empresarial, no reforço da coesão e na erradicação da pobreza e exclusão social;
- a competitividade da economia regional, e sobretudo, a atracção de investimentos produtivos qualificantes;
- as acessibilidades, uma vez que o Concelho deveria desempenhar um papel fundamental de articulação no conjunto do distrito e deste com o espaço ibérico e europeu;
- Os recursos hídricos, bem como os recursos florestais, cuja salvaguarda permitiria o desenvolvimento do turismo e o reforço da atractividade do concelho, gerando assim um conjunto indispensável de mais-valias.

Será que vale a pena pensar nisto?
Aceitam-se sugestões (de todos os quadrantes políticos).
Por um Concelho melhor ...

2006-05-02

Publicidade... Enganosa ???

Tenho-me vindo a perguntar o motivo pela qual ainda estariam ainda espalhados, pelo concelho, alguns cartazes das eleições autárquicas de 2005, nomeadamente do PS e do CDS/PP. Tendo resolvido "investigar", o Observando OHP estava, sinceramente, bem longe de chegar às conclusões a que chegou ...
Parece que, até agora (Maio de 2006), as contas dos candidatos destes partidos (PS e CDS/PP) à Autarquia de Oliveira do Hospital ainda não se encontram encerradas! O motivo é que (segundo parece, novamente) existem ainda contas por liquidar! Mais preocupante, a julgar pelo que nos foi dito, é o caso do PS, dado que ascendem a alguns milhares de euros as dívidas com fornecedores (publicidade, principalmente).
Como é possível que, candidatos a uma presidência de câmara, não tenham feito contas dos valores que possuiam e que podiam gastar? Como é que é possível que pessoas que se candidatam a uma presidência de câmara, consigam estar, despreocupadamente, sem pagar aquilo que devem? Como é possível, aos eleitores deste concelho, virem a acreditar nestas pessoas? Será que estes pensavam que nunca se viria a saber? Ou estariam à espera das próximas eleições para poderem resolver o problema? E quem é que está em dívida? São os respectivos partidos ou os candidatos? E as pessoas a quem devem, como se governam, entretanto? Receberão à troca de favores políticos? Permitam-me pensar em tudo...
Passaram-se quase oito meses desde as eleições autarquicas! Parece-me que é mais do que tempo suficiente para resolver este tipo de problemas. Haja vergonha! Tenham consideração pelas pessoas que vos venderam "fiado". Paguem-lhes! Há um ditado antigo que diz que "quem não é bom pagador não é bom gestor".
Permitam-me um conselho! Enquanto não forem capazes de gerir um orçamento (simples) para uma campanha eleitoral, se calhar não faz grande sentido candidatarem-se a quaisquer orgãos autárquicos, porque, obviamente, os orçamentos (por exemplo, da Câmara Municipal) serão bem mais complicados de gerir.
Já para não falar na vergolha que todos os vossos militantes e simpatizantes deste concelho irão sentir, após saberem desta situação. Convenhamos que, para a credibilização de um partido cujos candidatos são neste momento vereadores da autarquia, este não será, certamente, o melhor caminho.

2006-04-25

A Etiqueta da Bandeira


1. Ao ar livre, a bandeira iça-se ao nascer do sol e arria-se ao pôr-do-sol.
2. Deve ser içada com determinação e arriada com cerimónia.
3. Deve ser içada diariamente, desde que o tempo o permita, e em todos os feriados nacionais e datas comemorativas, nos edifícios públicos e de entidades nacionais - nos próprios edifícios ou perto deles.
4. Se é transportada com outra bandeira em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à direita da outra.
5. Se é transportada com outras bandeiras em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à frente da linha formada pelas outras bandeiras ou estandartes.
6. Nenhuma outra bandeira deve estar mais alta do que a bandeira nacional.
7. Quando é colocada numa janela ou noutro local semelhante, a parte verde deve estar à esquerda do observador.
8. Quando for colocada sem mastro junto a um orador deve estar atrás e por cima da sua cabeça.

Vem isto a propósito de hoje, dia 25 de Abril de 2006, no Município de Oliveira do Hospital, não ter sido hasteada a Bandeira Nacional. Não sei o que aconteceu, se perderam a Bandeira, se houve ordem para não a hastear, ou se simplesmente se esqueceram.

Que as pessoas que governam o Município não queiram ou não tenham efectuado as demarches necessáras para que o 25 de Abril fosse comemorado, até é possível entender - é uma questão política. Também na Madeira se fez o mesmo (é tirar as devidas conclusões - os bons exemplos têm vários seguidores). No entanto, tanto no edifício do Governo Regional da Madeira como nos demais edifícios públicos, não deixaram de hastear a Bandeira Nacional.

Sinto-me envergonhado por, no edifício do Município, não ter sido hasteada, hoje, a Bandeira Nacional. Não percebo o que motivou tal atitude. Sinto-me também envegonhado, por, no dia em que se consagra a Liberdade, a Câmara Municípal não ter cumprido com o disposto no DL 150/87 de 30 de Março (a legislação que se refere ao uso da Bandeira Nacional), assinado por aquele que é hoje o nosso Presidente da República (Cavaco Silva). Sinto-me envergonhado por o meu concelho ser, mais uma vez, diferente dos outros, negativamente e sempre para pior.

No dia 28 de Abril - Sexta-Feira - irá ser realizada mais uma reunião da Assembleia Municipal. Porque a cidadania não se compadece com ausência, com abstenção, com alheamento, espero que algum deputado municipal - da oposição, necessáriamente - peça explicações deste facto ao Sr. Presidente da Câmara, porque algo de grave se passa num Municipio quando este, deliberadamente ou não, se esquece de cumprir com as Leis do País.

P.S. Ficámos ainda a saber hoje, a julgar por aquilo que se passou na Assembleia da República, que o CRAVO, essa flor que tantos identificam com o 25 de Abril de 1974 (e que foi, provávelmente, a principal responsável por não ter havido um banho de sangue nesses dias), é uma flor de esquerda. Quem diria. Estranhos tempos. Sempre pensei que era uma flor de Liberdade.

VIVA A LIBERDADE
VIVA O 25 ABRIL SEMPRE

2006-04-21

As portas que ABRIL abriu...

Foi em 25 de Abril de 1974 que o povo português assumiu a enorme responsabilidade de viver em democracia. Porque viver em democracia significa que cada um entende o seu importante papel perante a sociedade. Em democracia, um País evolui na exacta medida das capacidades do seu povo, dado que, em democracia, é o povo que escolhe livremente quem o deve governar, e é ainda esse mesmo povo que, através do exercício da liberdade, condiciona, para o bem e para o mal, o rumo da própria governação.
Porque é necessário, cada vez mais, perpectuar o espírito e a alma do 25 de Abril de 1974, deixo-vos um poema que, na minha opinião, de uma forma sublime, nos dá o desejo de “querer sentir” a LIBERDADE. É um poema de Manuel Alegre e chama-se Trova do Vento que Passa.
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
O vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Porque sem participação não há democracia, porque, em democracia, a responsabilidade pelos destinos dum País, de um Distrito ou de um Concelho é de toda a sociedade e não apenas de alguns, cada vez mais vale a pena comentar...
VIVA A LIBERDADE
VIVA O 25 DE ABRIL
VIVA PORTUGAL
VIVA OLIVEIRA DO HOSPITAL

2006-04-15

Era uma vez um menino...

Quando crescer quero ser autarca. Quero ser autarca porque um verdadeiro autarca não admite a ninguém que o contrariem ou contradigam . E se tal acontecer mais tarde ou mais cedo têm que "as pagar", para servirem de exemplo a outros, de forma a que não venham a ter tais ideias.
Também gosto muito de pensar que iria poder mandar em toda a gente que trabalha comigo (Engenheiros, Doutores, Arquitectos, Contabilistas, Chefes de Secção, Administrativos, etc, etc), porque alguns pensam que por terem um curso já sabem tudo. Punha-os a todos a trabalhar e a gastar pouco dinheiro, que o país é pobre e tem que se poupar.
Além disso, um autarca é sempre convidado para as festas da terrinha, para o futebol e outros eventos desportivos, ficando sempre nos melhores locais e com as melhores companhias. Outra coisa que me leva a querer ser autarca é o facto de poder fazer com os meus amigos (que são aqueles que estão sempre de acordo comigo) e os seus familiares, tenham emprego perto de mim, são sempre de grande utilidade.
Gostaria de ser autarca porque gosto muito de obras e depois tinha a possibilidade de alcatroar uns estraditas, mandar iluminar uns caminhos, fazer uma rotundas por aí (mas com coisas lá no meio - estátuas, pedras e outras coisas assim), mandar arranjar uns cemitérios, umas associações - que essas é que dão votos - e quem sabe se eu conseguir ser um autarca dos grandes, dos muito grandes, se não acabo por ter o nome numa rua, num pavilhão ou quem sabe, num estádio.
Gostava de ser autarca porque com um autarca ninguém se mete, e se tal atrevimento houver, faço-lhe a vida negra, a ele e á família, corto-lhes os subsídios e a água que é uma beleza. E se calhar ainda vou fazer queixa ao patrão.
Também gostava de ser autarca para não ter receio dos jornalistas (que são uns chatos porque só querem é vender jornais à custa dos outros), porque se eles implicasse comigo metia-os em tribunal e cortava-lhes a publicidade que era para terem juizo.
Outra das coisas que me leva a querer ser autarca é que, por aquilo que me andei a informar, até ganham muito bem, melhor do que outros funcionários do estado e para além disso não tem que se estudar muito, não tem grandes horários, nem são exigidos grandes estudos (o que é bom, porque eu e a escola é mais para os intervalos a jogar à bola). Também gosto muito da ideia de ao fim de uns anitos ficar reformado, sem ser necessário ter a idade normal ou qualquer doença, para isso.
Por último, quero ser autarca porque são pessoas muito respeitadas na sua comunidade, são vistas como pessoas de grande carácter, honestas e com grande capacidade de dedicação, trabalho e até de algum sofrimento. E se por acaso nunca conseguir ser assim, também é fácil de resolver, basta dizer muitas vezes e bem alto que se é assim e mandar os meus amigos dizerem o mesmo, que passado pouco tempo toda a gente acredita - até os próprios.

2006-04-06

"Não se deixem vencer pelo medo"

Esta é uma das principais mensagens retiradas de um Manifesto que nas últimas 48 horas começou a circular na Internet em milhares de caixas de correio. O texto, escrito por um estudante de 20 anos que frequenta o 12.º ano de escolaridade, chegou, também, a ser publicado em fóruns de discussão e foi alojado em páginas da Internet.
Só uma dessas páginas, contava, ao final da tarde de ontem, com quase 30 mil visitas.
O Manifesto, com uma extensão equivalente a três folhas A4, contesta a recente tomada de posição da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) e de representantes da indústria musical, nomeadamente a apresentação de 28 queixas-crime contra utilizadores de programas de troca de ficheiros (P2P).
"Depois de ler as notícias, senti uma espécie de revolta, e escrevi o texto para mostrar a um ou dois amigos - nunca pensei que tomasse esta dimensão. Já recebi o apoio de muita gente", confessou, ao JN, João Pedro Santos, o autor.
Quem quiser "dar uma olhadela" é só ir a http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm, ler e depois comentar, aqui, no Observando OHP.

2006-04-04

As "Queixas" de Mário Alves

Depois da confirmação, por parte do Sr. Presidente da Câmara, da apresentação de duas queixas no Ministério Público, uma contra o seu Ex-Chefe de Gabinete, relativa às declarações sobre as ilegalidades e irregularidades que este conheceria na Câmara (ver Post de 27-03-2006) e outra, particularmente, contra "incertos", por causa de uma carta "xenófoba" que o "atacava", alguns comentários se impõe:
- Parece-me que relativamente à primeira queixa, a Câmara e o Sr. Presidente não terão certamente a oportunidade de ver o seu Ex-Chefe de Gabinte com o "rabo entalado", dado o rápido, despudorado e até medroso recuo que António José Duarte efectuou (ver entrevista no último Correio da Beira Serra). Apetece-me até dizer que esta queixa servirá apenas para delapidar um pouco mais do erário público e para satisfazer o ego do Sr. Presidente da Câmara na perseguição pública que pretende efectuar ao seu anterior Chefe de Gabinete e Homem de Confiança.
- No que concerne à segunda parece-me que o Sr. Mário Alves está redonda e duplamente enganado, isto porque, em primeiro lugar, a "xenófobia" é a antipatia pelos estrangeiros e estes são aquelas pessoas que são de uma nação diferente daquela em que se encontram, em segundo lugar parece-me que a carta não o "atacava", era apenas e simplesmente uma carta de Escárnio e Maldizer.
Como já constatei que o Sr. Mário Alves tem algumas dificuldades em aquilatar os sinónimos, passo a explicar - Escárnio que dizer mofa ou troça, zombaria, menosprezo e Maldizer pretende amaldiçoar, queixar-se, dirigir imprecações contra, enfim, dizer mal.
Por tudo isto parece-me que a incapacidade de reagir à crítica lhe estará o toldar o julgamento, fazendo-o ver moinhos de vento em tudo o que é lado, o que não é bom, porque não será certamente o D. Quixote de la Mancha, nem me parece que exista por aí o Sancho Pança.
O que deveria haver, Sr. Mário Alves - Presidente do Município de Oliveira do Hospital, era um homem preocupado com o desenvolvimento sustentado, com o desemprego que grassa pelo concelho, com a incapacidade de apresentar melhor qualidade de vida aos Oliveirenses e não com coisas mesquinhas e que, na melhor das hipóteses nos levam para um plano partidário e não para o plano da governação de um Município.

2006-04-03

Agenda Cultural de Oliveira do Hospital

A propósito da publicação trimestral da agenda cultural de Oliveira do Hospital, com a programação para os meses de Abril, Maio e Junho apetece perguntar o seguinte:

Será que algumas destas singelas ideias, que a seguir apresentamos e que definem bastante bem (na nossa opinião) o que deveria ser uma politíca cultural, estaria presente na mente de quem efectuou (ou mandou efectuar) a agenda cultural (Abril, Maio e Junho) do concelho de Oliveira do Hospital ?!
Por favor, pensem e comentem ... por Oliveira.
Obrigado.

“A política cultural deveria constituir um eixo fundamental da estratégia de desenvolvimento social e económico dos concelhos e do país.”

“A cultura, enquanto veículo de desenvolvimento do potencial humano, deverá contribuir, decididamente, para a qualificação dos recursos humanos, numa perspectiva de valorização da pessoa em toda a sua plenitude, constituindo um factor de criação de riqueza e de emprego, pelo impacto que tem em várias actividades económicas”.

“O objectivo de valorização cultural passou a valer por si mesmo e pelas potencialidades intrínsecas do sector cultural na dinamização das actividades económicas, designadamente pela crescente importância das indústrias de conteúdos, na valorização dos recursos humanos e na criação de emprego qualificado.”

“A divulgação da cultura junto das populações permitirá promover a igualdade de oportunidades, quer as económicas e decorrentes dos desequilíbrios espaciais no acesso a bens e serviços, quer as que resultam das desigualdades estruturais ao nível da educação e formação básica.”

“Além disso, permitirá disponibilizar ao público, através dos novos meios de comunicação, um importante acervo documental de carácter histórico e cultural”

2006-04-02

Afinal era uma "peta"

Caros comentaristas

Esperamos que não tenham ficado aborrecidos com a mentira que, dia 1 de Abril, tivemos a ousadia de colocar neste blog. Dado a situação política local, não foi possível resisitir. Esperamos que compreendam, obrigado aos que comentaram, e por favor, não levem a mal. A seriedade continua nos post seguintes...

2006-04-01

A RECONCILIAÇÃO

Após as eleições de Sábado - 25 de Março, alguns destacados militantes do P.S.D. têm efectuado redobrados esforços (infrutíferamente, diga-se) no sentido de conseguirem uma rápida aproximação entre os intervenientes máximos de todo este processo (leia-se: Mário Alves, António José Duarte, José Carlos Mendes e Paulo Rocha), no intuito de acabarem de vez com a troca de “mimos” que estes têm vindo a efectuar.
Na opinião destes destacados militantes, não só é colocado em cheque o PSD, como também a governação que até aqui tem sido efectuada no Município, para além do descrédito e desprestígio que começa a alastrar por todo este concelho, relativamente aos intervenientes e ao próprio PSD.
De realçar que após a publicação, esta Sexta-feira - 31/03, do jornal “Correio da Beira Serra”, as coisas ainda se tornaram mais complicadas, assumindo contornos gigantescos tendo, segundo apurámos, havido uma clara posição de força de vários dos históricos e destacados militantes do PSD local no sentido de se dizer “JÁ BASTA”.
Por aquilo que o OBSERVANDO OHP soube (de fonte bem informada e próxima de alguns destes históricos) está em preparação – quase em segredo – uma reunião entre estes quatro desavindos (com alguns moderadores de peso dentro do partido pelo meio) durante este Sábado.
Segundo o que nos foi dito, essa reunião será em terreno “neutro” mas em Oliveira do Hospital. Sabemos que essa reunião será efectuada num local discreto, calmo, recatado, tendo sido já alugada uma sala para o efeito. Ao que conseguimos apurar (ainda sujeito a confirmação), poderá ser na Estalagem de Santa Bárbara, durante a tarde deste Sábado.
Do que por lá se passar daremos conta, mal sejamos informados dos conteúdos e resultados da dita reunião. Se virem passar algumas ambulâncias para aqueles lados não estranhem, porque a coisa certamente vai aquecer, olá se vai!

2006-03-27

O que eles (P.S.D.) têm dito...

"Ele [Mário Alves] deixou bem claro que não iria envolver-se directamente neste processo. Agora eu julgo é que o têm tentado envolver" - Paulo Rocha
"A mim nunca ninguém me condicionou". - Mário Alves
"Um cidadão quando está a votar está sozinho. Acho lamentável que andem com um discurso desses, porque hoje já não há papões. O tempo dos papões já lá vai" - Mário Alves
"A refiliação deve partir do próprio militante e não daqueles que querem servir os seus interesses e objectivos em determinado momento" - Mário Alves
"O que eles andam a fazer é que é caciquismo a torto e a direito, massacrando as pessoas, indo duas e três vezes a casa delas" - Mário Alves
"Copiaram e mal o programa que eu difundi em 1990 quando me candidatei pela primeira vez à Concelhia. Tudo o que é conferências, reuniões com autarcas, tudo isso lá está, não tem nada de novo" - Mário Alves
"Se Mário Alves perdeu a confiança em mim, pelo facto de pensarmos de maneira diferente em relação a este acto eleitoral interno, então só tem uma solução: demita-me" - António Duarte
"Ele lida comigo há 20 anos e sabe que eu tenho as minhas propostas e ideias próprias, portanto não tinha de ficar surpreendido com o facto de eu defender um projecto diferente do dele" -António Duarte
"Não me vou calar, nem alimentar uma paz podre” - António Duarte
“Estas pessoas têm que ser banidas do regime democrático em Oliveira do Hospital” - António Duarte
"Actualmente no município oliveirense existe uma equipa negativa, que é a equipa da bajulação e Mário Alves julga-se acima de Deus, com capacidade sobre-humana e isto está a prejudicá-lo” - António Duarte
“Tenho conhecimentos de coisas dentro da Câmara que ele não vai gostar de ouvir e pode vir a ficar muito mal na fotografia” - António Duarte
"Tenta triturar toda a gente que pensa diferente dele, como fez com Carlos Portugal, Francisco Martins, José Ricardo, José Carlos Mendes que foram afastados ao longo destes anos. Agora chegou também a minha vez” - António Duarte
“Sempre estive ao lado dele e não merecia esta atitude”. - António Duarte
“Não me move nenhum sentimento de vingança, sou apenas um homem frontal” - António Duarte
“É uma vitória da democracia” - Militantes do PSD
“Ganhámos” - Militantes do PSD
“O dia de amanhã vai ser risonho para o PSD” - José Carlos Mendes
"Lamento os últimos acontecimentos que [mancharam] a campanha eleitoral" - José Carlos Mendes
“O Partido não merecia ter passado por esta semana” - Paulo Rocha
"Aceito democraticamente a derrota, por um se ganha por outro se perde, agora o importante é que não haja divisões no partido e que da minha parte, isso não vai acontecer. Estarei disponível para ajudar o partido no que for necessário" - Paulo Rocha
"Sobre o meu chefe de gabinete respondo só com uma frase: arrependo-me de já não o ter demitido há dois anos atrás" - Mário Alves
"Tenho todo o gosto em fazer essa reflexão e penso que a equipa que venceu estas eleições, a quem eu gostaria de dar os parabéns, mas não o posso fazer porque utilizaram aquilo que de pior existe na política e portanto eu não posso estar de acordo. Quando se põem cartas na rua a insultar pessoas e a denegrir as pessoas, a política não é feita disso" - Mário Alves
"Os grandes vencedores de hoje, são os derrotados de amanhã" - Mário Alves