2006-07-18

A Industria das Rotundas

É um negócio em franco crescimento, que vai proliferando no nosso concelho, pois já quase não sobra cruzamento nem entroncamento que não tenha uma, construída ou por construir, definitiva em cimento ou provisória com aqueles separadores de plástico vermelhos e brancos, com 20 metros de raio ou com 1 apenas.

Nos dias que correm, as rotundas servem de desculpa para justificar a ausência de obra feita no concelho de Oliveira do Hospital. O que importa é mostrar obra, sejam elas necessárias ou não.

No entanto a industria das rotundas tem uma coisa contra. Quando acabarem os cruzamentos e entroncamentos acaba-se a construção destas coisas circulares, pelo que o nosso querido Município e o nosso ainda mais querido Presidente já se estão a adaptar aos novos tempos que aí vêm. A industria de transformação de rotundas. Este negócio ainda é mais rentável que o anterior e consiste basicamente no desfazer o que estava feito para fazer de novo (ide dar uma volta pela cidade que logo vereis do que se está a falar). A esta actividade deu-se o nome de requalificação de espaços. Hoje trata-se do arrelvamento de uma dessas estruturas e passado um ano tira-se a relva para por árvores, para um ano depois achar-se que as arvores não servem porque cortam a visibilidade, por exemplo, e voltar-se á relva ou então a um ornamento de cascalho colorido.

Sabem o que mais me aborrece nas rotundas? Não é o dinheiro que custaram, a tacanhez que muitas vezes representam, a estátua pindérica (ou algo semelhante) lá em cima. É que na relva e florzinhas das rotundas, naqueles jardins de anedota, esgota-se o orçamento municipal para espaços verdes.

Como facilmente se constata, as rotundas em Oliveira do Hospital não servem a fluidez do trânsito. Servem a necessidade de mostrar obra, de trabalhar na fachada, de nos atirar areia para os olhos (podemos dar como último exemplo a “rotunda da vitela”). Se a resolução dos problemas de trânsito em Oliveira do Hospital fosse motivo de preocupação do executivo camarário (a palavra executivo faz supor erradamente que executa alguma coisa) as estradas de acesso à cidade já não estariam ao nível de uma via secundária. Curiosamente existem no concelho vias secundárias em melhores condições que as ruas da cidade (vá-se lá saber porquê).

Agora que na cidade vão “nascer” ou ser “plantadas” mais algumas rotundas e outras vão ser (ou já foram) (re)inauguradas, pergunta-se:

Será que vale a pena e é necessário tanta rotunda? Estaremos melhor? Circula-se melhor em Oliveira do Hospital? Ou é apenas por ser moda? Ou será que Mário Alves é um fervoroso devoto da construção de rotundas? Ou terá ele caído num “círculo vicioso” (erro de raciocínio que consiste em provar A por B e B por A)?

Em qualquer dos casos deve-se referir que com tanta volta (às rotundas) o concelho continua sem sair do marasmo a que foi votado neste últimos anos (leia-se governação laranja) e não consegue encontrar a via do desenvolvimento, do progresso, da inovação, do mediocremente “vai-se fazendo o que se pode”.
Necessita-se urgentemente de uma "nova via"! Alguém tem alguma ideia? Por Oliveira!

2006-07-05

Os "Criminosos"

Na sequência dos comentários efectuados em anteriores post´s e depois de se ter averiguado a veracidade dos mesmos, o Observando OHP tem o triste dever de levar ao conhecimento de todos os que nos visitam a versão dos alunos da ESTGOH, sobre os acontecimentos de Sábado, dia 1 de Julho. Se o Sr. Presidente da Câmara quiser dar a sua versão, será bem vinda e o concelho de Oliveira do Hospital agradeçe.

Na madrugada do último sábado (dia 1), estava um grupo de alunos, da ESTGOH, (dos PALOP, sim, eram alunos de côr), no Jardim anexo ao Largo Ribeiro do Amaral, a festejar a despedida de um colega que se ia embora nesse dia. Às tantas, aproxima-se uma pessoa, que se dirige a eles e diz:
"Ou vocês me dizem quem furou o pneu do meu carro, ou vou apresentar queixa à GNR..."!
Os rapazes ficaram de boca aberta, surpresos com a acusação, dizem que nada têm a ver com o assunto e a pessoa volta a reafirmar a pergunta. Perante a não "admissão da culpa", a pessoa vai à GNR!!
Pouco tempo depois, aparecem 2 GNR, armados, que identificaram os rapazes e os intimam a irem, na manhã de sábado, apresentar-se no quartel para prestarem declarações!!!
Resultado???
O pneu do carro do senhor estava SÓ VAZIO, SEM AR, e, depois de utilizada uma bomba de ar....o dito pneu ficou bom!!

Um dos estudantes rira, de nervoso ou do ridículo - não se sabe - dizendo:
"Era o Presidente da Câmara que nos acusava de esvaziar o pneu... mas nós pensámos que estava a gozar com o pessoal, porque aquele carro nem parecia de Presidente... mas depois lá o reconhecemos dos jornais e das cerimónias lá da escola...mas ficámos atónitos com a acusação, nem queriamos acreditar... não conseguimos perceber porquê..."

Isto passou-se em Oliveira do Hospital, no ano da graça de 2006, Século XXI, e foi protagonista a figura do Sr. Presidente da Câmara Munícipal de Oliveira do Hospital.
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