2007-09-04

Resistir não cedendo ...

Não havendo uma reconversão de mentalidades em Oliveira do Hospital, será muito difícil discutirmos questões de fundo. Porque essas questões requerem, para além de muito amor-próprio, um cérebro em pleno funcionamento. Oliveira do Hospital é uma cidade com tais virtudes que é capaz de resistir a tudo e engolir tudo.

É uma cidade carregada de desmandos, porque falta sobretudo bom senso na sua condução.

Dizia o senhor Presidente da Câmara, na inauguração do Monumento ao Empresário, que estes “...têm resistido a tudo, até à falta de acessibilidades...”.
Diria eu que nos últimos mandatos autárquicos têm até conseguido resistir à obtusidade de quem foi mandatado para nos governar.

Senão vejamos, tem o Município e os seus governantes tido a preocupação de:

- Acompanhar os processos de investimento e iniciativas empresariais de relevância para o desenvolvimento económico e social do concelho?

- Apoiar as empresas e investidores no seu relacionamento com os organismos da Administração Central e Local, em particular no acompanhamento de processos nos serviços da Autarquia?

- Disponibilizar informação sobre elementos estatísticos sócio-económicos de interesse para projectos de investimento?

- Disponibilizar informação sobre instrumentos de ordenamento do território em vigor e intervenções programadas pela autarquia no domínio do desenvolvimento económico?

- Disponibilizar a informação de apoios e incentivos financeiros?

- Disponibilizar o acompanhamento dos processos administrativos na Câmara Municipal em projectos de investimento significativo, nomeadamente que envolvam a criação de postos de trabalho ou/e promoção económica, social e turística do concelho?

Estes e outros desafios só poderão ser atingidos se a política empresarial para este concelho mudar. Enquanto continuar a ser a do passado (como actualmente), só para alguns e excluindo a maioria e as novas realidades, será apenas mais uma enorme perda de tempo e de dinheiro para todos.

Pessoalmente, gosto de pensar que não assisto às coisas de braços cruzados nem com indiferença.

P.S. – Quanto às apreciações efectuadas às componentes artísticas e extra-artísticas da obra, são apenas fruto de mentes que habitualmente utilizam este tipo de discurso sem nexo (e sem suporte técnico ou de conhecimento de arte) para ocultar a fobia social que caracteriza o receio de exporem a sua ignorância perante os outros. Poderá também ser um mecanismo de protecção ao seu EGO. Os “técnicos” que expliquem, se puderem.

1 comentário:

Anónimo disse...

Parabéns pelo post caro Observador.
Demonstra lucidez e, acima de tudo, capacidade para ver para além da fumaça (que os Senhores cá da vila que nos querem deitar para os olhos, ver para além do horizonte comezinho da mediocridade de quem em nosso nome toma decisões (com impacto nas nossas vidas) ... e acima de tudo põe enfase no essencial:

Que caminhos para o desenvolvimento do concelho?:
- A CMOH a comandar, e dái a escravizar vontades e a somar obediências?
- O desenvolvimento a ser marcado pela capacidade empresarial do concelho? (aliás já demonstrada)

- A(in)capacidade do Presidente e dos vereadores em permanência (que se governam da CM, estão lá todos os dias e são pagos pelo erário público)para conduzir os destinos do desenvolvimnto de concelho?

- Haverá ALGUÉM habilitado na CMOH para dar apoio aos empresários?
E atenção, dar apoio a empresários, como o post muito bem refere, não é a mesma que dar subsidios às associações e a seguir pôr-lhes a "pata do poder em cima".
Apoiar e incentivar os empresários é preciso SABER SER E SABER FAZER... para que se saiba no final que o concelho - terra de todos nós e não do Presidente da CM - ficará mais ricos e com melhores oportunidades para todos. Com melhor vida para todos.

Não será assim?

Regressás-te em BOA FORMA OBSERVANDOHP!
SEjas benvindo já fazias cá falta.