2007-05-22

The best coach alive

Eu que até nem gostava muito dele (devido à sua arrogância) tenho que, desportivamente, prestar-lhe a minha homenagem.

Desde que chegou a Inglaterra, em 2004, José Mourinho conduziu o Chelsea a dois títulos de campeão, a duas vitórias na Taça da Liga, uma na Supertaça e, agora, na Taça de Inglaterra.

MUITOS PARABÉNS.

2007-05-08

Subsídios ou subserviência ?

A Câmara Municipal, em reunião ordinária do dia 27 de Abril do corrente ano, deliberou atribuir subsídios no montante de 28.628,50 €. As atribuições de subsídios têm vindo a ser, ao longo deste mandato, uma das noticias que, recorrentemente, ocupam a página principal do sitio do Município de Oliveira do Hospital.

A este propósito - subsídios e atribuição dos mesmos sem a existência de um regulamento que defina critérios de atribuição de subsídios às colectividades e associações do concelho de forma transparente e de acordo com o trabalho desenvolvido por estas – é imperioso saber-se se os pagamentos destes subsídios respeitam o regime jurídico constante da lei ou seja, se possuem contratos-programa.

Se não cumprirem escrupulosamente a legislação em vigor – e eu até posso crer que não cumprem - não será certamente escandaloso dizer-se que não existe controlo nenhum, “a anteriori e a posteriori”, da forma como esses subsídios são atribuídos e gastos. Não sendo escandaloso dizer-se é, sem duvida, escandaloso não ser efectuado esse controlo embora se perceba que, numa Câmara com um culto de honestidade tão grandemente professado pelos seus vereadores, isso seja de somenos importância.

Os apoios e subsídios recebidos por Instituições de Solidariedade Social, Juntas de Freguesia (do mesmo partido do executivo ou não) bem como outras entidades equiparadas, terão que corresponder, obrigatoriamente, à subserviência de quem os recebe, sob pena de não se repetirem nunca mais. Isto porque quem solicita apoios financeiros, logísticos ou outros ao Município, ou se quiserem ao todo poderoso senhor Presidente da Câmara, tem a necessidade, a obrigação e o dever de manter uma conduta de respeito (também lhe poderemos chamar lisonja interesseira, bajulação ou adulação servil) pela instituição e seus governantes, abstendo-se de a hostilizar, no âmbito das iniciativas que são objecto dos apoios concedidos e/ou de outras que eventualmente venham a acontecer.

Como é fácil fazer-se politica em Oliveira do Hospital! Com um orçamento anual de cerca de 4,5 milhões de euros (cerca de 1 milhão de contos) a Câmara não necessita de efectuar obras que atraiam investidores para a indústria turística, facilitem a criação de empresas, dêem qualidade de vida aos cidadãos ou boas vias de comunicação... que sejam um factor criador de auto-estima e de orgulho em ser cidadão do concelho ou de nele viver. Com os dinheiros públicos provenientes do orçamento do estado basta “atribuir subsídios” e “adquirir vontades e votos” para se irem perpetuando no poder. Até quando?

2007-05-01

Dia do Trabalhador

Em finais do século XIX, com o início da industrialização, começaram a aparecer novos problemas relacionados com o trabalho. Um dos principais problemas que atingiam os operários era o horário de trabalho. Trabalhava-se de sol-a-sol, como os agricultores. Alguns reformadores sociais já tinham proposto, em várias épocas, a ideia de dividir o dia em três períodos: oito horas de trabalho, oito horas de sono e oito horas de lazer e estudo, proposta que, como sempre, era vista como utópica pelos empregadores.

Com o desenvolvimento do associativismo operário, e particularmente do sindicalismo, a proposta da jornada de oito horas tornou-se um dos objectivos centrais das lutas operárias e também causa de violentas repressões, de inúmeras prisões e até de morte para vários trabalhadores.

No 1º de Maio de 1886, milhares de trabalhadores de Chicago (Estados Unidos da América), tal como de muitas outras cidades americanas, foram para a rua, exigindo o horário de oito horas de trabalho por dia. No dia 4 de Maio, durante novas manifestações, uma explosão serviu de pretexto para a repressão brutal que se seguiu, que provocou mais de 100 mortes e a prisão de dezenas de operários. Este acontecimento, que ficou conhecido como os "Mártires de Chicago", tornou-se o símbolo e marco para uma luta que, a partir daí, se generalizou por todo o mundo.

Passados todos estes anos, a história do movimento operário continua a ser feita de avanços e recuos, vitórias e derrotas. Entre nós, a luta pelo horário de oito horas também tem uma longa história. Só em Maio de 1996 o Parlamento aprovou a lei da semana de 40 horas (oito horas diárias de segunda a sexta feira). No entanto, as horas extras não remuneradas, o trabalho em fins-de-semana, acabam muitas vezes por anular as conquistas consignadas na lei. As novas formas de organização do trabalho, a precarização e a globalização vem trazer novos problemas que os trabalhadores têm que enfrentar.

Tendo em conta que os despedimentos aumentam a cada dia que passa de uma forma assustadora, a precariedade no trabalho é cada vez maior e com os casos de salários em atraso a acumularem-se, as comemorações do 1º de Maio, têm que promover não só momentos de convívio, mas também de reivindicação e luta por melhores condições de vida e de trabalho, procurando honrar aqueles que caíram com mártires das causas de todos os Trabalhadores.

Porventura o porco no espeto, as fanfarras, as corridas e as tertúlias com que os nossos governantes municipais nos brindaram no 25 de Abril, só tiveram lugar na alma desta cidade porque no ano anterior o Município caiu no ridículo de nem a bandeira da nação erguer e por isso foi criticado fortemente. Só nessa perspectiva se poderá explicar a inexistência de comemorações do Dia do Trabalhador, em Oliveira do Hospital!