2010-03-24

MAIS vale tarde que nunca

O Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários Serra da Estrela vai mesmo avançar para a constituição de uma Associação com suporte jurídico. A decisão resultou de uma reunião realizada recentemente em Seia, contando para já como membros fundadores, os seguintes cidadãos:

Pedro Manuel Ribeiro Conde, de Seia; Mário Jorge Branquinho, de Seia; Fernando Tavares Pereira, de Carregal do Sal; Jorge Patrão, de Covilhã; Eduardo Mendes de Brito, de Seia; João Antas de Barros, de Viseu; Artur Abreu, de Oliveira do Hospital; Francisco Rodrigues, de Oliveira do Hospital; Manuel Marques, de Nelas e João Paulo Agra, de Gouveia.

A Associação, cujos estatutos já estão elaborados, chamar-se-á Movimento de Apoio à Construção dos Itinerários da Serra da Estrela, abreviadamente designada por MAIS e tem por objectivo desenvolver mecanismos com vista à execução dos Itinerários Complementares – IC6, IC7 e IC 37, na região da Serra da Estrela e extinguir-se-á quando estas obras forem executadas.

2010-03-20

Rádio Boa Nova

Nascida em 19 de Março de 1986 a Rádio Boa Nova faz hoje 24 anos. Os nossos parabéns a todos os que por lá passaram e a todos aqueles que, hoje, fazem da Rádio Boa Nova uma realidade. PARABÉNS e que se repita por muitos e bons anos.

2010-03-09

Ainda os IC´s

A única razão que me ocorre para que o Ministro António Mendonça venha até à Região da Serra da Estrela verificar, in loco, as condições (ou falta delas) relativas à implementação dos IC´s é apenas esta – desconhecimento sobre a matéria e sobre a situação actual da Região.

É mais uma visão “Lisboinha” do desenvolvimento sustentado do interior. É notório para todos os que na região da Serra da Estrela residem, que as acessibilidades rodoviárias continuam a ser o “calcanhar de Aquiles” desta Região, sobretudo no que diz respeito às acessibilidades ao exterior da mesma. Até pelo desemprego que grassa por toda esta região, existe uma necessidade premente de cativar investimentos e para tal é fundamental que as redes viárias sejam melhoradas e os acessos facilitados. Qualquer local para investir se torna tão ou mais atractivo quanto menor for o tempo de viagem, quanto melhor for a qualidade das vias, quanto maior for a facilidade de escoar mercadoria e importá-la.

Como foi dito anteriormente por um ilustre politico, há mais vida para além do Orçamento. As pessoas precisam de um horizonte e de uma perspectiva para além dos números e para além dos sacrifícios que lhes pedem no dia-a-dia.

A reunião que ontem alguns autarcas tiveram com o Ministro António Mendonça não pode nem deve servir para manter em “lume brando” toda a pressão reivindicativa que é necessário efectuar. Não gostaria de perceber, daqui a três meses, que a única coisa feita pelo Ministro terá sido “chutar a bola para a frente”.

IC´s em "banho maria"

O Ministro António Mendonça e o seu secretário de Estado, Paulo Campos, receberam ontem os autarcas de Oliveira do Hospital, Nelas, Seia, Tábua, Covilhã e Gouveia e, no final do encontro, estes “conseguiram” que logo que o Estudo de Impacte Ambiental esteja concluído, o Ministro se desloque à região para ver, “in loco”, a situação. O facto de haver uma abertura para o diálogo e também a confirmação de que os Estudos de Impacte Ambiental continuam efectivamente a decorrer, devendo estar concluídos até 24 de Maio, o que significa que, até lá, os autarcas subscritores da “moção” vão dar tréguas ao Governo no que às acessibilidades para a região diz respeito. Foi firmado um «acordo de cavalheiros» sendo assumido, entre a tutela e os autarcas, que vão aguardar a conclusão dos estudos e a deslocação do ministro à região. Depois logo se vê...

2010-03-08

Turismo do Centro vs OHP

A página oficial da Região de Turismo do Centro, à qual pertencemos, continua a brindar Oliveira do Hospital com uma indiferença e desconhecimento sobre o que por cá se vai passando absolutamente confrangedora.

Na página relativa a Oliveira do Hospital apenas uma indicação sobre a Câmara Municipal (morada, telefones e fax, mail, link para página na internet e horários de funcionamento). Sobre os eventos ou notícias do que por que por cá se vai realizando, NADA. Sobre aquela que será actividade - XIX Festa do Queijo Serra da Estrela - que mais forasteiros reúne em OHP, NADA. Sobre o "programa das festas", NADA.

Sinceramente não sei se a culpa é do Turismo do Centro (por uma absoluta inércia e incompetência) ou se é do Município de Oliveira do Hospital (que não envia programação para a Turismo do Centro). Em qualquer dos casos é óbvio e nítido que quem acaba prejudicado é o concelho de Oliveira do Hospital, os seus comerciantes e os seus residentes.

Vá lá, meus senhores, ainda vão a tempo de colocar, pelo menos, o cartaz da XIX Festa do Queijo Serra da Estrela no site da Turismo do Centro e, já agora, no site do Município de Oliveira do Hospital também.

XIX Festa Queijo OHP

09.00 – Abertura da Festa
Venda de produtos locais de qualidade: queijo, enchidos, mel, doces tradicionais, licores, azeite; Feira de velharias/coleccionismo; Artesanato; Mercadinho biológico; Exposição de Apicultura; Prova de Queijo Serra da Estrela, de enchidos e de vinho do Dão; MISTARTE / Escolinha do Queijo: expressão plástica e workshop de gravações de campo; Mostra de ovelhas Serra da Estrela: exposição e tosquia; Mostra de cães Serra da Estrela; Animação: “Feira Republicana” Produção de Queijo Serra da Estrela ao vivo; Arruada pelo Grupo de Bombos Pedra e Racha, de Nogueira do Cravo;
09.00 – 11.00 – Programa “Terra a Terra” - (TSF, 107.4 Mhz) – transmissão em directo a partir da Festa do Queijo
09.20 – Actuação do Grupo de Cavaquinhos do CCPOH
10.00 – Início da “Feira Republicana”
10.20 – Animação Musical
10.30 – Visita oficial à Festa – Presidente da Câmara Municipal e convidados
11.20 – Actuação do Grupo de Cavaquinhos do CCPOH
11.30 – Desfile das Confrarias acompanhadas de rebanho de ovelhas do recinto da Festa (junto ao redil das ovelhas) para a Câmara Municipal de Oliveira do Hospital
12.20 – Animação Musical

13.00 – Almoço-convívio dos produtores e convidados
14.30 – Início do Concurso de Doçaria (doces confeccionados com Queijo Serra da Estrela)
15.00 – Actuação do Grupo de Concertinas “Sons da Beira Serra”, de Cabeçadas 16.00 – Animação Musical (Rancho Folclórico )
17.00 – Actuação do Grupo de Concertinas “Sons da Beira Serra”, de Cabeçadas
18.00 – Desfile das Confrarias do Mercado para os Paços do Concelho
18.30 – XXI Capítulo da Confraria do Queijo Serra da Estrela (Paços do Concelho) / Poesia vernácula e instalação sonora “Stall / Redil”
20.30 – Banquete do XXI Capítulo da Confraria do Queijo Serra da Estrela (Pousada Convento do Desagravo – Vila Pouca da Beira)


“Feira Republicana”
OLIVEIRA DO HOSPITAL/PARQUE DO MANDANELHO - Companhia de Teatro Viv'Arte - 20 Mar

10.00 – Jogos populares, teatro de fantoches e danças tradicionais.
11.00 – Zaragata entre populares e burgueses. O jogo do pau e duelos de sabre.
12.00 – Cantigas ao desafio, a chegada dos romeiros e a merenda.
13.00 – Os saltimbancos, os vendedores de banha de cobra e o fotógrafo da capital.
14.00 – Partida dos pastores e seus rebanhos para os pastos da transumância.
15.00 – Desacatos por via do fiscal dos isqueiros de pederneira e a autoridade da Guarda.
16.00 – Chegada da carroça dos actores itinerantes e início da função.
17.00 – Leitura pública do jornal “O Século”: As novidades de Lisboa e a mobilização para a Flandres.
18.00 – Partida dos mancebos e as comovidas despedidas. Discurso do Regedor.

2010-03-02

Lutar pelos IC´s

Para Reflectir - Criticar o que tem de ser criticado, não numa posição de subserviência ou mão estendida mas sim de uma forma enérgica, firme e directa, que só a razão sustenta.


Retirado de http://www.portadaestrela.com/, em 2010-03-02


Quando todos pensámos e acreditámos que tinha chegado a hora dos concelhos do lado poente da Serra da Estrela (Seia, Gouveia, Celorico, Fornos, Nelas e Oliveira do Hospital), ou seja que era desta vez que se iam construir, definitivamente, os novos acessos rodoviários IC 6, IC 7 e IC 37, porque há muito lutamos e que são absolutamente fundamentais para colocar esta região em pé de igualdade com o resto do país e principalmente com os nossos vizinhos, dando-lhe condições para se afirmar, ser mais atractiva e competitiva, eis que o governo, de uma forma absurda, incompetente e injusta, adiou, sabe-se lá para quando, a construção destas obras.

Todos temos plena consciência das imensas dificuldades que o país enfrenta. Sabemos que é preciso fazer sacrifícios para dar saúde e solidez às contas públicas. Mas não podem ser aqueles que andam a fazer sacrifícios há mais de trinta anos para que outras regiões tenham tudo ou quase tudo, a pagar agora os custos de alguns luxos desnecessários.


O governo, que até é socialista, logo com maior obrigação de ter preocupações sociais e de coesão territorial, não podia, ou melhor não devia ter tomado esta decisão incompetente e injusta. Primeiro olhava para o País, comparava o que cada região já tem, os problemas que enfrenta, sobretudo nas áreas do emprego e da fixação de pessoas e depois, com critérios de justiça, solidariedade e rigor, decidia onde cortava mais e menos.

Era isso que se pedia e ainda pedimos ao governo. Governar, não é tratar tudo da mesma maneira, sem atender às especificidades e aos problemas de cada região. O governo, que tem feito do combate às desigualdades e às assimetrias regionais umas das principais linhas de orientação do seu discurso politico, tem que arrepiar caminho e em nome do interesse nacional, deixar avançar estas obras de acordo com as decisões já tomadas. Se assim não for, ficará ligado à morte lenta desta região. Não resta outro caminho ao governo do eng. José Sócrates, ele que é um conhecedor profundo desta região e dos problemas que enfrenta.


Enquanto isso não acontece, mobilizemo-nos, façamos chegar ao governo, por todos os meios democráticos ao nosso alcance, o sentimento do nosso descontentamento e frustração. Lembremos-lhe que as promessas são para cumprir e que aqui há milhares de portugueses que há trinta anos clamam por justiça e igualdade. Lembramos ainda aos nossos deputados, sobretudo aos da maioria, que o seu compromisso é com o povo e que esta é a hora de mostrar o que valem e que o seu silêncio pode, legitimamente, ser interpretado como cobardia política, ou medo de perder as simpatias dos corredores do poder Apesar desta contrariedade, não estamos vencidos. Lutemos com confiança e determinação, porque só vence quem luta!

Eduardo Mendes de Brito