2007-02-04

Pensar antes de votar

13 comentários:

Anónimo disse...

vejo-me na necessidade de esclarecer algumas coisa:
1- Estamos a falar de um sere hunanos que esat gerado no uter da mulher; A NOSSA LIBERDADE ACABA A ONDE COMEÇA A DOS OUTROS;
2- Se vão legalizadas as clinicas de aborto, temos todos noção mais que perfeita que isso e um negócio, então será que as pessoas que iram trabalhar nessa clinicas, queram muitos ou pouco abortos; MUITOS PARA FAZER MUITO DINHEIRO;
3- Neste momento não existe nem numca existerá, mulher preas por fazer aborto; ESTA LEI QUE VAI SER LEVADA A VOTAÇÃO NÃO E UMA DESPENALIZAÇÃO MAS SIM UMA LIBERALIZAÇÃO
4- Na nossa lei ja existe a despenalização, NOS NÃO ESTAMOS ATRAZ DE NINGUÉM, ESTAMOS É A FRENTE PORQUE EM 1984 RESOLVE-MOS PARTE DO PROBLEMA COISA QUE O OUTROS PAISES NÃO FIZERAM;

VOTE NÃO ,
VOTE PELA VIDA,
VOTE PELO BOM SENÇO,
VOTE PELO CORDIAL UTILIZAÇÃO DOS NOSSOS INPOSTOS,
VOTE NÃO,

Anónimo disse...

E talvez um conhecimento de Português, não ficaria nada mal.
Já viu caro comentador que em tão poucas linhas, a quantidade de erros ortográficos que escreveu.
É uma pena, somos um povinho mesmo no melhor.

Anónimo disse...

Vou votar SIM, porque se votar NÃO, me abstiver ou votar em branco estou a contribuir para que a hipocrisia se mantenha e nada mude em prol de uma sociedade justa, equilibrada e responsável.

Anónimo disse...

Para além dos erros ortográficos há os erros de enviesamento da análise.

Pela despenalização das mulheres: VOTO SIM.

Pela possibilidade de abortar num hospital: Voto SIM

Até às 10 semanas por opção da mulher: VOTO SIM

SE o Não vencer vai ficar tudo na mesma.
Quem tem dinheiro vai a Espanha, quem não tem vai ao aborto clandestino.

Os ricos vão fazer abortos às clinicas
os pobres vão ás abortadeiras e ao cytotec e derivados...

HÁ QUE MUDAR.
PARA ISSO SÓ UM CAMINHO...

VOTAR SIM!

Anónimo disse...

Eu também vou votar SIM, porque mais vale um aborto hoje que um Sportinguista amanhã...

Anónimo disse...

Porque vou votar sim no referendo IVG?
Porque a Igreja Católica vota Não, porque o Nuno Melo, Paulo Portas e Ribeiro e Castro votam Não, porque o Marques Mendes e o Marcelo Rebelo de Sousa votam Não, porque o Gentil Martins a Maria José Nogueira Pinto e o João César das Neves votam Não, querem mais razões?
Olhem que eu posso dar muitas mais!

Anónimo disse...

Publicado no Diário de Noticias

«Por "respeito profundo às mais de 100 mulheres que lutam dia e noite no Refúgio Aboim Ascensão" e por considerar que "quanto ao direito à vida, no ventre de cada uma delas, essa é uma matéria das suas próprias consciências", o director do Refúgio Aboim Ascensão abadonou ontem o movimento Algarve pela Vida.A 9 de Janeiro, foi apresentado como um dos 29 mandatários do grupo cívico Algarve pela Vida, defensor do "não", conotado politicamente com o CDS-PP. Luís Villas-Boas fez campanha pelo movimento, ao lado de Maria do Rosário Carneiro e Paulo Portas, mas ontem deu o dito pelo não dito e anunciou a sua retirada de uma campanha "em progressiva radicalização" de um referendo "partidarizado".»

Anónimo disse...

Publicado no Blog "O JUMENTO"

A ALDEIA GAULESA DA IGREJA CATÓLICA

Portugal, a par de Malta e da República da Irlanda são as aldeias gaulesas da Igreja Católica, o que resta de uma Europa que se libertou da sharia e das fatwas de um clero que insiste em valores como a castidade, a sexualidade limitada à reprodução e à sua própria castidade. À Igreja já pouco importa a vida pois os seus “porta-vozes” não oficiais já nem condenam o aborto clandestino, ou a ineficácia da lei pois com os voos low cust irlandeses e portugueses vão a Londres num pé e voltam no outro, o que importa é manter a lei como símbolo dos seus valores.

A Itália há muito que não obedece ao bispo de Roma, a Espanha onde o último cruzado governou para lá da ditadura portuguesa já se libertou do domínio da Igreja, resta ao Vaticano salvar o que pode de uma Europa que já não obedece ao Papa, que não reconhece à Igreja o direito de consignar os seus valores nos códigos penais. A hierarquia católica joga em Portugal uma boa parte do que resta de uma Europa que já não existe, somos a derradeira aldeia gaulesa de uma Igreja que resiste.

O que seria da hierarquia da nossa Igreja se daqui por uns dias se tivesse que apresentar no Vaticano a informar que Portugal já não é o que era, que os portuguesas além de beberem menos vinho, ouvirem menos fado e já não levarem os videntes de Fátima muito a sério ainda tiveram o desplante de declarar a independência do seu código penal em relação aos ditames da Congregação para a Doutrina da Fé? Como seriam tratado os nossos generais da fé se tivessem que informar o Santo Padre que tinha perdido a batalha, deixando cair um dos poucos bastiões na Europa?

O referendo deixou de ser uma discussão em torno da vida para ser uma luta sem quartel em que se tenta salvar o simbolismo de uma lei ineficaz mesmo que isso seja conseguido à custa de muitas vidas. Para o nosso clero é mais importante manter uma lei pelo que ela representa enquanto símbolo dos seus valores do que pelas vidas que de facto não salva.

Anónimo disse...

A pergunta a que vamos responder no referendo do próximo dia 11 é compreensível para qualquer pessoa que saiba ler e isso é algo que nenhum contorcionismo político ou gramatical poderá mudar.

“Concorda com a despenalização…”. A despenalização é, evidentemente, a palavra-chave desta pergunta. É talvez surpreendente, mas o referendo de próximo dia 11 não é acerca de quem gosta mais de bébés, tal como não é acerca de quem mais respeita o sofrimento das mulheres. A pergunta do referendo também não é “dê, por obséquio, o seu palpite acerca de quando é que a alma entra no corpo dos seres humanos”, matéria que sempre intrigou os teólogos. Não é acerca de quem gosta de fazer abortos e quem gosta de dar crianças para orfanatos. Por isso e acima de tudo, devo confessar que sofro de cada vez que ouço na televisão jornalistas falarem dos dois campos em debate como o “sim ao aborto” e o “não ao aborto”.
Numa pergunta que começa com aquele “concorda com a despenalização”, os dois votos possíveis não se dividem em pró-aborto e anti-aborto, e muito menos pró-escolha e pró-vida. Os que respondem “Sim” à pergunta são “pró-despenalização”. Os que respondem “Não” são “pró-penalização” (ou “anti-despenalização”, o que é forçosamente ser a favor da penalização). Tudo o mais é responder com alhos a uma pergunta sobre bugalhos, e qualquer chefe de redacção deveria saber isso.

“…da interrupção voluntária da gravidez…”. Até agora sabemos que a pergunta é sobre despenalizar, mas ainda não falámos de quê. Há quem tenha problemas com a expressão “interrupção voluntária da gravidez” por considerá-la um eufemismo, mas acontece que é a fórmula correcta para designar um aborto não-natural, não-espontâneo. Mesmo assim, isto não atrapalha o debate: toda a gente parte do princípio de que IVG é aquilo que, em linguagem corrente, genérica e imprecisa, chamamos de aborto. Os problemas surgem quando nos aproximamos da segunda parte da pergunta.

“…se realizada, por opção da mulher”. No mundo real, o que quer dizer esta parte da pergunta? Quer dizer que a concordância com a despenalização da IVG deve ser dada (apenas e só) no pressuposto de que ela seria realizada por opção da mulher. Basicamente, significa que se uma mulher for forçada a abortar por uma terceira pessoa, esse aborto é crime e essa tal terceira pessoa será punida. Quer dizer que, se fulano apanhar uma mulher grávida, a anestesiar e lhe interromper a gravidez, não poderá eximir-se respondendo que “o aborto foi despenalizado”, precisamente porque graças à segunda parte da pergunta o aborto só é despenalizado se for por opção da mulher.
No mundo do “Não”, porém, esta parte da pergunta é a que causa mais engulhos. Percebe-se porquê. “Por opção da mulher”? A mulher, grávida de poucas semanas, a tomar uma decisão? Sozinha? Deve haver aqui qualquer coisa de errado. Quando se lhes retorque que não poderia ser por opção de outra pessoa, e se lhes pergunta quem queriam então que fosse, a informação não é computada. Algures, de alguma forma, teria de haver alguém mais habilitado para tomar a decisão. O pai? O médico? O Estado? Então e se qualquer deles achasse que a mulher deveria abortar, contra a vontade desta? Pois é. É precisamente por isso que aquele inquietante “por opção da mulher” ali está.

“…nas primeiras dez semanas…”. Aborto livre, grita o “não”! Aqui está a prova, o aborto é livre até às dez semanas! Ora, meus caros amigos, o limite de dez semanas significa precisamente que o aborto não é livre… Ou o facto de só se poder andar até cinquenta quilómetros por hora dentro de uma localidade significa “velocidade livre”? Não faz muito sentido,não é verdade?
Enquanto digerem esta pergunta, os adeptos do “Não” mudam de estratégia. Então o que acontece às onze semanas? E o que acontece, meus amigos, quando se anda em excesso de velocidade? É-se penalizado, e a penalização vai se agravando quanto maior for o excesso de velocidade. Isso quer dizer que, nos pressupostos da pergunta, o aborto não é livre. Não era esse o problema?

“…em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?” Esta parte final é tão clara que vou poupar palavras. Um “estabelecimento de saúde” quer dizer que não é um estabelecimento desportivo, e “legalmente autorizado” quer dizer que não é ilegal, ou que não é legalmente desautorizado, se tal coisa existisse. Mas vale a pena notar o que “legalmente autorizado” não quer dizer. Não quer obrigatoriamente dizer do Estado, mas também não quer dizer privado, particular, ou o que seja. Quer dizer apenas que é num estabelecimento de saúde conforme com os procedimentos legais e que foi expressamente autorizado para a operação em causa.
Não há melhor barómetro da má-fé neste debate do que dizer que estamos em face de duas perguntas diferentes, ou até duas perguntas de sinal contrário (uma legítima, a outra capciosa), tentando fazer passar a ideia de que a “segunda pergunta” de alguma forma perverte a primeira, rompendo com ela. Não há aqui primeira nem segunda pergunta: há apenas uma pergunta, que se refere a determinadas condições, condições essas que qualificam e restringem o âmbito da questão. Dizer o contrário disto não é só má-fé, é principalmente má-lógica: se a segunda metade da pergunta está contida na primeira ela não pode ser mais aberta do que a anterior. Como é natural e faz sentido, cada passo da pergunta a fecha um pouco. Dizer que é “despenalização da IVG” significa que não é despenalização de qualquer outra coisa, dizer que é “por opção da mulher” significa que não é por opção de qualquer outra pessoa, dizer que é até “às dez semanas” significa que não é sem qualquer limite, dizer que é “em estabelecimento de saúde” significa que não é no meio da rua, e dizer que a pergunta se refere a um estabelecimento de saúde “legalmente autorizado” significa que não pode ser no dentista, ou na farmácia, ou no ginásio.

Tudo o resto é apenas uma desculpa para não se assumir as responsabilidades do voto.

Pessoalmente, não vejo nesta pergunta nada que não me agrade, e vejo muita coisa que me agrada. É uma pergunta de compromisso, cautelosa, que prevê os limites mais importantes, deixando a definição das políticas (de saúde, de planeamento familiar, judicial, etc.) para os actores e momentos certos. Pode responder-se sim ou não, e eu responderei “Sim”. Sou pela despenalização, naquelas condições, como outros são pela penalização mesmo naquelas condições. O que não se pode é invalidar a pergunta, degradando a sua lógica. Trata-se de uma pergunta directa. Como tal, pede apenas uma resposta honesta.

Anónimo disse...

Quanto ao 1.º comentário:
Portugal no seu melhor!!!
Assim se escreve em PÉSSIMO português!
O reflexo de uma mente que vota não!
Continue...
Eu voto SIM.

Anónimo disse...

Contei os erros por alto: 16!
Fantástico! Parecem os meus alunos!

Anónimo disse...

Parabens.

factos esclarecedores sem falsos moralismos.

Parabens, mais uma vez

Anónimo disse...

Referendo - 11/02/2007

Votação - Resultados Nacionais

SIM NÃO
Total 2.238.053 1.539.078
Percent. 59.25% 40.75%