2006-04-25

A Etiqueta da Bandeira


1. Ao ar livre, a bandeira iça-se ao nascer do sol e arria-se ao pôr-do-sol.
2. Deve ser içada com determinação e arriada com cerimónia.
3. Deve ser içada diariamente, desde que o tempo o permita, e em todos os feriados nacionais e datas comemorativas, nos edifícios públicos e de entidades nacionais - nos próprios edifícios ou perto deles.
4. Se é transportada com outra bandeira em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à direita da outra.
5. Se é transportada com outras bandeiras em desfiles ou paradas, a bandeira nacional é levada à frente da linha formada pelas outras bandeiras ou estandartes.
6. Nenhuma outra bandeira deve estar mais alta do que a bandeira nacional.
7. Quando é colocada numa janela ou noutro local semelhante, a parte verde deve estar à esquerda do observador.
8. Quando for colocada sem mastro junto a um orador deve estar atrás e por cima da sua cabeça.

Vem isto a propósito de hoje, dia 25 de Abril de 2006, no Município de Oliveira do Hospital, não ter sido hasteada a Bandeira Nacional. Não sei o que aconteceu, se perderam a Bandeira, se houve ordem para não a hastear, ou se simplesmente se esqueceram.

Que as pessoas que governam o Município não queiram ou não tenham efectuado as demarches necessáras para que o 25 de Abril fosse comemorado, até é possível entender - é uma questão política. Também na Madeira se fez o mesmo (é tirar as devidas conclusões - os bons exemplos têm vários seguidores). No entanto, tanto no edifício do Governo Regional da Madeira como nos demais edifícios públicos, não deixaram de hastear a Bandeira Nacional.

Sinto-me envergonhado por, no edifício do Município, não ter sido hasteada, hoje, a Bandeira Nacional. Não percebo o que motivou tal atitude. Sinto-me também envegonhado, por, no dia em que se consagra a Liberdade, a Câmara Municípal não ter cumprido com o disposto no DL 150/87 de 30 de Março (a legislação que se refere ao uso da Bandeira Nacional), assinado por aquele que é hoje o nosso Presidente da República (Cavaco Silva). Sinto-me envergonhado por o meu concelho ser, mais uma vez, diferente dos outros, negativamente e sempre para pior.

No dia 28 de Abril - Sexta-Feira - irá ser realizada mais uma reunião da Assembleia Municipal. Porque a cidadania não se compadece com ausência, com abstenção, com alheamento, espero que algum deputado municipal - da oposição, necessáriamente - peça explicações deste facto ao Sr. Presidente da Câmara, porque algo de grave se passa num Municipio quando este, deliberadamente ou não, se esquece de cumprir com as Leis do País.

P.S. Ficámos ainda a saber hoje, a julgar por aquilo que se passou na Assembleia da República, que o CRAVO, essa flor que tantos identificam com o 25 de Abril de 1974 (e que foi, provávelmente, a principal responsável por não ter havido um banho de sangue nesses dias), é uma flor de esquerda. Quem diria. Estranhos tempos. Sempre pensei que era uma flor de Liberdade.

VIVA A LIBERDADE
VIVA O 25 ABRIL SEMPRE

2006-04-21

As portas que ABRIL abriu...

Foi em 25 de Abril de 1974 que o povo português assumiu a enorme responsabilidade de viver em democracia. Porque viver em democracia significa que cada um entende o seu importante papel perante a sociedade. Em democracia, um País evolui na exacta medida das capacidades do seu povo, dado que, em democracia, é o povo que escolhe livremente quem o deve governar, e é ainda esse mesmo povo que, através do exercício da liberdade, condiciona, para o bem e para o mal, o rumo da própria governação.
Porque é necessário, cada vez mais, perpectuar o espírito e a alma do 25 de Abril de 1974, deixo-vos um poema que, na minha opinião, de uma forma sublime, nos dá o desejo de “querer sentir” a LIBERDADE. É um poema de Manuel Alegre e chama-se Trova do Vento que Passa.
Pergunto ao vento que passa
Notícias do meu país
O vento cala a desgraça
O vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
Dentro da própria desgraça
Há sempre alguém que semeia
Canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não.
Porque sem participação não há democracia, porque, em democracia, a responsabilidade pelos destinos dum País, de um Distrito ou de um Concelho é de toda a sociedade e não apenas de alguns, cada vez mais vale a pena comentar...
VIVA A LIBERDADE
VIVA O 25 DE ABRIL
VIVA PORTUGAL
VIVA OLIVEIRA DO HOSPITAL

2006-04-15

Era uma vez um menino...

Quando crescer quero ser autarca. Quero ser autarca porque um verdadeiro autarca não admite a ninguém que o contrariem ou contradigam . E se tal acontecer mais tarde ou mais cedo têm que "as pagar", para servirem de exemplo a outros, de forma a que não venham a ter tais ideias.
Também gosto muito de pensar que iria poder mandar em toda a gente que trabalha comigo (Engenheiros, Doutores, Arquitectos, Contabilistas, Chefes de Secção, Administrativos, etc, etc), porque alguns pensam que por terem um curso já sabem tudo. Punha-os a todos a trabalhar e a gastar pouco dinheiro, que o país é pobre e tem que se poupar.
Além disso, um autarca é sempre convidado para as festas da terrinha, para o futebol e outros eventos desportivos, ficando sempre nos melhores locais e com as melhores companhias. Outra coisa que me leva a querer ser autarca é o facto de poder fazer com os meus amigos (que são aqueles que estão sempre de acordo comigo) e os seus familiares, tenham emprego perto de mim, são sempre de grande utilidade.
Gostaria de ser autarca porque gosto muito de obras e depois tinha a possibilidade de alcatroar uns estraditas, mandar iluminar uns caminhos, fazer uma rotundas por aí (mas com coisas lá no meio - estátuas, pedras e outras coisas assim), mandar arranjar uns cemitérios, umas associações - que essas é que dão votos - e quem sabe se eu conseguir ser um autarca dos grandes, dos muito grandes, se não acabo por ter o nome numa rua, num pavilhão ou quem sabe, num estádio.
Gostava de ser autarca porque com um autarca ninguém se mete, e se tal atrevimento houver, faço-lhe a vida negra, a ele e á família, corto-lhes os subsídios e a água que é uma beleza. E se calhar ainda vou fazer queixa ao patrão.
Também gostava de ser autarca para não ter receio dos jornalistas (que são uns chatos porque só querem é vender jornais à custa dos outros), porque se eles implicasse comigo metia-os em tribunal e cortava-lhes a publicidade que era para terem juizo.
Outra das coisas que me leva a querer ser autarca é que, por aquilo que me andei a informar, até ganham muito bem, melhor do que outros funcionários do estado e para além disso não tem que se estudar muito, não tem grandes horários, nem são exigidos grandes estudos (o que é bom, porque eu e a escola é mais para os intervalos a jogar à bola). Também gosto muito da ideia de ao fim de uns anitos ficar reformado, sem ser necessário ter a idade normal ou qualquer doença, para isso.
Por último, quero ser autarca porque são pessoas muito respeitadas na sua comunidade, são vistas como pessoas de grande carácter, honestas e com grande capacidade de dedicação, trabalho e até de algum sofrimento. E se por acaso nunca conseguir ser assim, também é fácil de resolver, basta dizer muitas vezes e bem alto que se é assim e mandar os meus amigos dizerem o mesmo, que passado pouco tempo toda a gente acredita - até os próprios.

2006-04-06

"Não se deixem vencer pelo medo"

Esta é uma das principais mensagens retiradas de um Manifesto que nas últimas 48 horas começou a circular na Internet em milhares de caixas de correio. O texto, escrito por um estudante de 20 anos que frequenta o 12.º ano de escolaridade, chegou, também, a ser publicado em fóruns de discussão e foi alojado em páginas da Internet.
Só uma dessas páginas, contava, ao final da tarde de ontem, com quase 30 mil visitas.
O Manifesto, com uma extensão equivalente a três folhas A4, contesta a recente tomada de posição da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) e de representantes da indústria musical, nomeadamente a apresentação de 28 queixas-crime contra utilizadores de programas de troca de ficheiros (P2P).
"Depois de ler as notícias, senti uma espécie de revolta, e escrevi o texto para mostrar a um ou dois amigos - nunca pensei que tomasse esta dimensão. Já recebi o apoio de muita gente", confessou, ao JN, João Pedro Santos, o autor.
Quem quiser "dar uma olhadela" é só ir a http://clientes.netvisao.pt/pintosaa/Manifesto.htm, ler e depois comentar, aqui, no Observando OHP.

2006-04-04

As "Queixas" de Mário Alves

Depois da confirmação, por parte do Sr. Presidente da Câmara, da apresentação de duas queixas no Ministério Público, uma contra o seu Ex-Chefe de Gabinete, relativa às declarações sobre as ilegalidades e irregularidades que este conheceria na Câmara (ver Post de 27-03-2006) e outra, particularmente, contra "incertos", por causa de uma carta "xenófoba" que o "atacava", alguns comentários se impõe:
- Parece-me que relativamente à primeira queixa, a Câmara e o Sr. Presidente não terão certamente a oportunidade de ver o seu Ex-Chefe de Gabinte com o "rabo entalado", dado o rápido, despudorado e até medroso recuo que António José Duarte efectuou (ver entrevista no último Correio da Beira Serra). Apetece-me até dizer que esta queixa servirá apenas para delapidar um pouco mais do erário público e para satisfazer o ego do Sr. Presidente da Câmara na perseguição pública que pretende efectuar ao seu anterior Chefe de Gabinete e Homem de Confiança.
- No que concerne à segunda parece-me que o Sr. Mário Alves está redonda e duplamente enganado, isto porque, em primeiro lugar, a "xenófobia" é a antipatia pelos estrangeiros e estes são aquelas pessoas que são de uma nação diferente daquela em que se encontram, em segundo lugar parece-me que a carta não o "atacava", era apenas e simplesmente uma carta de Escárnio e Maldizer.
Como já constatei que o Sr. Mário Alves tem algumas dificuldades em aquilatar os sinónimos, passo a explicar - Escárnio que dizer mofa ou troça, zombaria, menosprezo e Maldizer pretende amaldiçoar, queixar-se, dirigir imprecações contra, enfim, dizer mal.
Por tudo isto parece-me que a incapacidade de reagir à crítica lhe estará o toldar o julgamento, fazendo-o ver moinhos de vento em tudo o que é lado, o que não é bom, porque não será certamente o D. Quixote de la Mancha, nem me parece que exista por aí o Sancho Pança.
O que deveria haver, Sr. Mário Alves - Presidente do Município de Oliveira do Hospital, era um homem preocupado com o desenvolvimento sustentado, com o desemprego que grassa pelo concelho, com a incapacidade de apresentar melhor qualidade de vida aos Oliveirenses e não com coisas mesquinhas e que, na melhor das hipóteses nos levam para um plano partidário e não para o plano da governação de um Município.

2006-04-03

Agenda Cultural de Oliveira do Hospital

A propósito da publicação trimestral da agenda cultural de Oliveira do Hospital, com a programação para os meses de Abril, Maio e Junho apetece perguntar o seguinte:

Será que algumas destas singelas ideias, que a seguir apresentamos e que definem bastante bem (na nossa opinião) o que deveria ser uma politíca cultural, estaria presente na mente de quem efectuou (ou mandou efectuar) a agenda cultural (Abril, Maio e Junho) do concelho de Oliveira do Hospital ?!
Por favor, pensem e comentem ... por Oliveira.
Obrigado.

“A política cultural deveria constituir um eixo fundamental da estratégia de desenvolvimento social e económico dos concelhos e do país.”

“A cultura, enquanto veículo de desenvolvimento do potencial humano, deverá contribuir, decididamente, para a qualificação dos recursos humanos, numa perspectiva de valorização da pessoa em toda a sua plenitude, constituindo um factor de criação de riqueza e de emprego, pelo impacto que tem em várias actividades económicas”.

“O objectivo de valorização cultural passou a valer por si mesmo e pelas potencialidades intrínsecas do sector cultural na dinamização das actividades económicas, designadamente pela crescente importância das indústrias de conteúdos, na valorização dos recursos humanos e na criação de emprego qualificado.”

“A divulgação da cultura junto das populações permitirá promover a igualdade de oportunidades, quer as económicas e decorrentes dos desequilíbrios espaciais no acesso a bens e serviços, quer as que resultam das desigualdades estruturais ao nível da educação e formação básica.”

“Além disso, permitirá disponibilizar ao público, através dos novos meios de comunicação, um importante acervo documental de carácter histórico e cultural”

2006-04-02

Afinal era uma "peta"

Caros comentaristas

Esperamos que não tenham ficado aborrecidos com a mentira que, dia 1 de Abril, tivemos a ousadia de colocar neste blog. Dado a situação política local, não foi possível resisitir. Esperamos que compreendam, obrigado aos que comentaram, e por favor, não levem a mal. A seriedade continua nos post seguintes...

2006-04-01

A RECONCILIAÇÃO

Após as eleições de Sábado - 25 de Março, alguns destacados militantes do P.S.D. têm efectuado redobrados esforços (infrutíferamente, diga-se) no sentido de conseguirem uma rápida aproximação entre os intervenientes máximos de todo este processo (leia-se: Mário Alves, António José Duarte, José Carlos Mendes e Paulo Rocha), no intuito de acabarem de vez com a troca de “mimos” que estes têm vindo a efectuar.
Na opinião destes destacados militantes, não só é colocado em cheque o PSD, como também a governação que até aqui tem sido efectuada no Município, para além do descrédito e desprestígio que começa a alastrar por todo este concelho, relativamente aos intervenientes e ao próprio PSD.
De realçar que após a publicação, esta Sexta-feira - 31/03, do jornal “Correio da Beira Serra”, as coisas ainda se tornaram mais complicadas, assumindo contornos gigantescos tendo, segundo apurámos, havido uma clara posição de força de vários dos históricos e destacados militantes do PSD local no sentido de se dizer “JÁ BASTA”.
Por aquilo que o OBSERVANDO OHP soube (de fonte bem informada e próxima de alguns destes históricos) está em preparação – quase em segredo – uma reunião entre estes quatro desavindos (com alguns moderadores de peso dentro do partido pelo meio) durante este Sábado.
Segundo o que nos foi dito, essa reunião será em terreno “neutro” mas em Oliveira do Hospital. Sabemos que essa reunião será efectuada num local discreto, calmo, recatado, tendo sido já alugada uma sala para o efeito. Ao que conseguimos apurar (ainda sujeito a confirmação), poderá ser na Estalagem de Santa Bárbara, durante a tarde deste Sábado.
Do que por lá se passar daremos conta, mal sejamos informados dos conteúdos e resultados da dita reunião. Se virem passar algumas ambulâncias para aqueles lados não estranhem, porque a coisa certamente vai aquecer, olá se vai!